Política

Dilma é eleita uma das mulheres do ano pelo FT

Sobre sua sucessão, a ex-presidente afirmou: 'É um governo de velhos brancos ricos'

08/12/2016 às 15h58, Por Maylla Nunes

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Em uma longa entrevista exclusiva ao jornal britânico Financial Times, a ex-presidente Dilma Rousseff salientou que uma autoridade mulher é chamada de "dura", enquanto um homem é chamado de "forte". Para ela, o governo à frente do país hoje é formado por "velhos brancos ricos ou, pelo menos, daqueles que querem ser ricos". Dilma foi afastada num processo de impeachment em maio de 2016 e falou ao periódico sobre a "impressionante mudança" de sorte e sobre seus planos futuros. O espaço concedido a Dilma faz parte de uma série de entrevistas e perfis exibidos pela publicação nesta quinta-feira (08) com as consideradas "Mulheres do Ano". Além de Dilma, também há entrevistas com a primeira-ministra britânica, Theresa May; com Simone Biles, considerada a maior ginasta de todos os tempos; com a escritora e apresentadora de TV britânica do ramo de culinária Mary Berry, e um perfil da gerente de campanha do então candidato Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, Kellyanne Conway, entre outras.

"Para uma mulher que acabou de suportar um duro período de seis meses de julgamento político, que resultou em seu impeachment, a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff parece incrivelmente relaxada", avaliou logo no início da entrevista o chefe da sucursal do FT no Brasil, Joe Leahy. A entrevista com a "primeira mulher presidente do maior país da América Latina" foi concedida em um hotel em Porto Alegre. Leahy descreve que Dilma mostra uma indignação nervosa, por exemplo, em qualquer menção sobre o governo que a substituiu, liderado pelo seu ex-vice-presidente e inimigo político, Michel Temer. "É um governo de velhos brancos ricos ou, pelo menos, daqueles que querem ser ricos", disse ela, insinuando uma longa lista de acusações de corrupção contra os membros da coalizão de Temer. A reportagem salienta que a ex-presidente ainda deve estar chocada com a reviravolta de sua sorte – uma inversão que correspondeu à de sua nação, que passou de um milagre econômico de mercado emergente a um desapontamento em poucos anos. (As informações são do site Época Negócios)

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