Feira de Santana
Com superlotação, UPA do Clériston Andrade suspende novos atendimentos
O diretor médico da unidade informou que os funcionários da UPA foram agredidos e que pediu apoio da Polícia Militar. Ele lamentou a situação.
26/04/2017 às 12h12, Por Maylla Nunes
Daniela Cardoso
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Hospital Geral Clériston Andrade está com a capacidade de atendimento esgotada desde a noite de terça-feira (25). Segundo o diretor médico da unidade, José Luiz Araújo, nas últimas 24h, a UPA passou por uma situação inesperada.
“Nas últimas 24h, o atendimento aumentou muito, não entendemos os motivos. Temos uma triagem, uma sala de medicação e temos os leitos de observação. Temos 25 leitos para observação mais quatro leitos para sala vermelha. Agora estamos com seis pacientes na sala vermelha, com todos os 25 leitos de observação com pacientes e ainda, na sala de medicação, com 15 pacientes internados, sendo que nessa sala não deveria ter pacientes”, afirmou.
Segundo José Luiz, todas as pessoas internadas na UPA estão aguardando transferência para alguma unidade. Porém, ele afirma que o Hospital Geral Clériston Andrade também está com a capacidade lotada e não tem como receber os pacientes da UPA.
“O Clériston Andrade está na mesma situação que nós, superlotado, com a emergência abarrotada. Então nesse momento o Clériston não está conseguindo atender os pacientes da UPA e nós não temos espaço físico para continuar atendendo. Ontem à noite, passamos por uma situação muito difícil, onde algumas pessoas chegaram e não tínhamos onde acolher. Os nossos funcionários foram agredidos, quebraram as coisas, por uma situação que não temos como resolver. Em virtude disso, não temos espaço físico para continuar nosso atendimento”, disse.
O diretor médico da unidade disse que pediu apoio da Polícia Militar e lamentou a situação. Ele ressaltou que as patologias mais simples, talvez, a unidade consiga atender, mas que não tem espaço físico para atender novos pacientes na UPA.
“À medida que a demanda do Clériston atender a demanda da UPA, pode melhorar nossa situação, mas não temos como dizer quando isso vai acontecer. Estamos redirecionando esses pacientes para que sejam atendidos em unidades de saúde próximas de onde eles moram. A saúde pública é um caos e é com muito pesar que restringimos o atendimento e não vamos conseguir continuar com novos atendimentos até que os pacientes que aqui estão sejam encaminhados para outras unidades”, afirmou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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