Feira de Santana

Ciclone foi responsável por ventos que causaram estragos em Feira no fim de semana

Segundo estação climatológica da Uefs, o fenômeno climático é comum nesta época do ano em que se aproximam as chuvas de trovoadas.

12/12/2017 às 10h11, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

Os fortes ventos que atingiram Feira de Santana na tarde do último sábado (9), assustando a população e causando estragos em diversos pontos da cidade, foram provocados pela passagem de um ciclone. A informação é da coordenadora da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Rosângela Leal. Segundo ela, o fenômeno climático é comum nesta época do ano em que se aproximam as chuvas de trovoadas.

“Os ventos são muito comuns nesse período próximo à época das trovoadas, porque há uma diferença de pressão muito alta, quando a terra fica muito quente e ao mesmo tem a ação dos ventos, que são as correntes perturbadas do leste. Elas vêm com muita força e, às vezes, elas são barradas e outras elas conseguem empurrar essa massa de ar quente. A diferença de temperatura e de pressão fazem com que haja um grande deslocamento dos ventos e quanto maior a temperatura junto com as correntes perturbadas do leste e a massa de ar continental, maior será a velocidade dos ventos”, explicou Rosângela Leal.

De acordo com a coordenadora da estação, de tempos em tempos os ciclones podem acontecer. Ela lembrou que, há cerca de três anos, ventos fortes chegaram a destelhar um posto de gasolina na cidade. Rosângela ainda ressalta que esse tipo de ventania ocorre de forma rápida.

Velocidade dos ventos

Apesar da força dos ventos no final de semana, Rosângela Leal afirmou que não foi possível medir sua velocidade. Segundo ela, a estação, atualmente, não conta com um equipamento que permita colher esse dado com precisão.

Com o tipo de equipamento que nós temos fica difícil estabelecer a velocidade desse vento na região. Hoje a nossa coleta é instantânea. Tem o equipamento e ele só determina a velocidade na hora da leitura. Nós temos um equipamento automático, que coleta e tira a média de hora em hora. Esse seria o equipamento mais preciso, porém esse material é enviado para o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), cujo site está fora do ar já há um bom tempo, então nós não conseguimos ter acesso a esse dado”, lamentou.

Ela acrescentou que os ventos do ciclone atingiram o Espírito Santo, o sul da Bahia e mais fracamente a nossa região, pois só recebeu o impacto final do fenômeno. Rosângela ainda explicou sobre outros tipos de ventos existentes no mundo.

“Tem o furacão, que só acontece no Oceano Atlântico norte, na costa leste dos Estados Unidos e do mar do Caribe, o tufão, que ocorre no Oceano Pacífico, no Japão e na região da China, e o tornado, que ocorre dentro do continente e aqui no Brasil ele não acontece”.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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