Doação de órgãos
Amigos fazem campanha para ajudar estudante que precisa de transplante de fígado
A jovem está internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no Hospital São Rafael, em Salvador.
25/11/2016 às 16h22, Por Kaio Vinícius
Acorda Cidade
A estudante de odontologia da Faculdade Unef, de Feira de Santana, Thainá Gomes Costa, de 22 anos, está hospitalizada e precisa com urgência fazer um transplante de fígado. Ela é a primeira na fila de transplante e para ajudá-la, amigos e familiares iniciaram uma campanha de doação de órgãos nas redes sociais e WhatsApp, na manhã desta sexta-feira (25).
"Sabemos da dor das famílias que perdem seus entes queridos, mas a doação de órgãos é um ato de amor e pode amenizar esta dor salvando não só a vida de Thainná, mas de várias outras pessoas que estão na mesma situação que ela", diz parte de texto divulgado no cartaz da campanha.
Thainá é moradora da cidade de Conceição do Jacuípe e está internada desde a última quarta-feira (23) na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), do Hospital São Rafael, em Salvador, por conta de complicações do quadro de hepatite tóxica.
Familiares que entraram em contato com o Acorda Cidade informaram que o estado de saúde dela está se agravado e precisa da doação o mais rápido possível.
O transplante de fígado consiste numa cirurgia em que o órgão doente é substituído por outro órgão sadio, originário de uma pessoa com morte cerebral ou por parte do órgão de um doador vivo que aceite doar uma parcela de seu órgão.
A hepatite tóxica é uma inflamação do fígado causada quando este órgão apresenta um dano promovido por agentes tóxicos, medicamentos utilizados contra diversas outras doenças, por exemplo. (Saiba mais aqui).
Como ser um doador:
Para ser um doador de órgãos, basta comunicar sua família do desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização familiar.
De acordo com o Ministério da Saúde as regras para que alguém possa ser considerado doador de órgãos após a morte são os seguintes:
– Ter identificação e registro hospitalar.
– Ter a causa do coma estabelecida e conhecida.
– Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central.
– Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante.
– Ser submetido a exame complementar que comprove a morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral.
– Estar comprovada a morte encefálica. Nessa situação o cérebro está morto, tornando a parada cardíaca inevitável. Apesar de ainda haver batimentos cardíacos, que vão durar apenas por algumas horas, o paciente não pode mais respirar sem os aparelhos.
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