Artigo

Nossa Caixa Preta

'Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e vier abrir-me a porta, entrarei e cearemos juntos'

20/10/2020 às 12h01, Por Maylla Nunes

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Os aviões carregam consigo a chamada caixa preta. Nos acidentes aviatórios, a caixa preta revela as circunstâncias e as causas do desastre. Nós, também, carregamos conosco uma caixa preta: A consciência. Ela registra tudo o que acontece em nossa vida. A consciência é a voz de Deus em nós.

SERÁ QUE a pessoa humana é capaz de distinguir entre o bem e o mal? Quando é que sabemos se estamos agindo certo ou errado? A Bíblia nos dá uma resposta segura para o problema. Deus é o bem e nossa consciência é capaz de nos dizer o que é bem e o que é mal. Deus é a oposição radical ao mal.

A CONSCIÊNCIA é a voz do Criador no coração da criatura. Ela nos enche de alegria quando fazemos o bem e, deixa-nos tristes, quando procedemos de forma indigna, conosco mesmos ou com os outros. O hábito de sondar a própria consciência e de agir de acordo com as suas insinuações, nos garante dignidade e nos torna honestos. Por isso, devemos ouvir a consciência quando estamos para tomar uma decisão.

A CONSCIÊNCIA somos nós mesmos enquanto capazes de perceber e de sentir os apelos do bem, do que é nobre, digno, justo e de todos os valores . A consciência atua em nós como bússola indicadora da direção, impedindo-nos de vaguear desgovernados. O ser humano, pela consciência, tem o senso de direção de sua vida, do sentido último da própria existência.

É NOSSA consciência que julga nossos atos e faz com que tenhamos conhecimento de estarmos agindo de uma forma correta ou errada. Nossa consciência é o farol seguro a orientar nossas atitudes segundo a vontade de Deus. Por isso, a vida supõe seriedade para formar retamente a consciência. A pessoa não deve considerar-se juíza de todos os valores, porque, é por Deus, que conhecemos tudo o que é certo. Ele nos ilumina: “A verdade vos fará livres”. (Jo 8,39).

PORTANTO, a consciência é o eco da voz de Deus em nós, pois fomos criados, com a aptidão, para escutá-lo, embora sejamos livres para fechar-lhe o coração. Deus não força. Prefere bater à nossa porta, respeitosamente, como quem pede acolhida: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e vier abrir-me a porta, entrarei e cearemos juntos” . (Ap 3,20).

Dom Itamar Vian

Arcebispo Emérito

[email protected]

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