Política

Rui Costa condena defesa do PT a mulher que chamou policial negro de macaco

Não podemos nos indignar quando a fala parte de algumas pessoas, e não estar indignado quando parte de outras.

24/09/2020 às 12h07, Por Brenda Filho

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Governador da Bahia, Rui Costa (PT) criticou nesta quinta-feira (24) a postura do diretório municipal do PT em Curaçá (BA), que defendeu uma aliada após esta chamar um policial negro de macaco, durante uma abordagem. “Eu condeno qualquer fala, de quem quer que seja, de ofensa a outra pessoa. Não podemos nos indignar quando a fala parte de algumas pessoas, e não estar indignado quando parte de outras. Na minha opinião, merece repúdio, indignação”, afirmou, em coletiva à imprensa durante ato realizado na Rua Chile, em Salvador. A mulher, identificada como Libânia Torres, além associar o policial a um macaco, teria agredido o agente com um tapa no rosto enquanto era detida sob acusação de também ter agredido sua companheira. Depois da agressão, uma nota assinada pelo presidente do PT de Curaçá, Júlio Cézar Lopes, foi divulgada como manifesto de apoio à sua filiada. “Por saber da sua caminhada de LUTA e de respeito as pessoas. Em todos os sentidos. Nós reconhecemos a grandeza de suas lutas e, creditados as palavras, que foram ditas não a RACISMO, mas a cultura nordestina e Curaçaense, herdada de Lampião, de chamar policiais de Macaco. Ao mesmo tempo, lamentamos o acontecido e reafirmamos o nosso respeito e solidariedade a ela e sua família”, diz o documento, datado de 19 de setembro de 2020. Na análise do governador, o mínimo que deveria ter ocorrido era um pedido de desculpas. “Não podemos ficar desqualificando as pessoas com comparações esdruxulas, racistas ou preconceituosas. Quando a gente pensa que estamos no século 21, não presenciaríamos mais isso, a gente volta a ver em vários países com demonstrações de comportamentos racistas, preconceituosos. Século 21 e a gente ainda presencia violência contras as mulheres praticadas as vezes até por religiosos. De minha parte, será sempre repúdio. Independente de quem pronuncia. O mínimo que a pessoa deve pedir é desculpa, além, evidente, das providencias legais e processos que ela deve sofrer”, disse. As informações são do bahia.ba. 

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