Saúde

Oito coisas que você precisa saber sobre vacinação

Este aumento considerável de doenças contagiosas pode ter um inimigo em comum: a campanha, cada vez maior, contra a vacinação.

08/10/2019 às 09h02, Por Kaio Vinícius

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Os números são claros: os casos de sarampo, gripe e febre amarela voltaram a assolar o país. Somente na região sudeste, já são mais de 500 pessoas infectadas com o sarampo. Na Bahia, que já mantinha a erradicação da doença há vinte anos, já são três casos confirmados e mais 93 em análise, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado.

Este aumento considerável de doenças contagiosas pode ter um inimigo em comum: a campanha, cada vez maior, contra a vacinação. Muito se vê, principalmente na internet ou em aplicativos de mensagens, informações equivocadas sobre as complicações do uso da vacina no combate a estas – e muitas outras – enfermidades.

"Nas décadas de 80 e 90, surgiram questões sobre as vacinas: controvérsias sobre a vacina de coqueluche de células inteiras, estudos sobre a possível associação da vacina tríplice viral e algumas patologias, como doença de Crohn e autismo. Novos artigos negaram essas relações, porém as informações continuam sendo propagadas atualmente, principalmente através da internet", explica a pediatra Dra. Thais Mota, professora de medicina da UNIFACS.

Confira algumas explicações dadas pela Dra. Thais:

· As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar.

Mentira. É preciso seguir o cronograma de vacinação de acordo com a fase da vida de cada pessoa. Mesmo doenças erradicadas podem voltar, no caso de contato com turistas de outro país ou viagens.

· Aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo em uma criança pode aumentar o risco de eventos adversos prejudiciais, que podem sobrecarregar seu sistema imunológico.

Mentira. O sistema imune é capaz de processar a vacina e não fica sobrecarregado. São raras as exceções que esta prática deve ser evitada e o paciente será alertado pelo profissional em questão.

· A gripe é uma doença benigna e a vacina para a doença não é muito eficaz.

Mentira. A imunização protege em até 70% da contaminação pela gripe. A vacina protege das variações da doença, como H1N1.

· A vacina contra a gripe pode causar a doença.

Mentira. A vacina contra a gripe é segura e inativada, não podendo causar a doença.

· É melhor criar defesa tendo a doença do que tomando a vacina.

Mentira. A vacina é a forma mais eficiente de evitar as doenças, com eficiência quase total. Muitas vezes, é a única maneira de proteger o sistema imunológico.

· As vacinas contêm mercúrio, que é perigoso.

Mentira. A quantidade mercúrio presente nas vacinas – usado como conservante – é insignificante, não provocando nenhum mal à saude.

· Vacinas causam autismo.

Mentira. Uma revista na década de 90 publicou, de forma errônea, a relação da presença do mercúrio com questões de saúde infantil. Mesmo depois da retratação pública, o caos já estava instalado.

· Gestante e lactante não podem se vacinar.

Depende. As mulheres podem – e devem! – se vacinar contra diversas doenças. Há, sim, restrições, mas são poucas e serão devidamente informadas pelo médico.  

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