Produtores baianos de cachaça apostam no Turismo para promover marcas

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Considerada novo produto turístico, a cachaça baiana é um dos destaques da Exporural, evento de negócios em agropecuária realizado no Parque de Exposições de Salvador até domingo (18). Produtores de mais de 10 marcas baianas estão presentes na feira para apresentar as características da bebida produzida na Bahia e vendida em todo o mundo.

Na noite de quinta-feira (15), o subsecretário Estadual do Turismo, Benedito Braga, visitou os estandes onde as cachaças estão sendo divulgadas e vendidas e reuniu-se com representantes das marcas. Durante o encontro, Braga falou sobre a preparação das fazendas produtoras visando à oferta de receptivo turístico.

Foto: Setur

“Temos cachaças baianas sendo premiadas no Brasil e em outros países, ganhando projeção internacional e divulgando a Bahia. É preciso estruturar as fazendas para atrair turistas interessados em conhecer os sistemas de produção, além da nossa cultura, calcada em aspectos históricos, belezas naturais e gastronomia”, disse.

Produtor de uma das mais novas marcas da bebida na Bahia, a cachaça Kiricó, Hermes Bezerra já pensa no projeto de turismo. “Estamos instalados em Mata de São João – na Costa dos Coqueiros – e já buscamos nos estruturar para receber bem os visitantes. A procura já é grande”, disse Hermes, autorizado a comercializar no último mês de fevereiro.

Quem também quer melhorar o receptivo é Rivacy Rocha Maia, do rótulo Cachoeira do Buracão. A fazenda, no município de Ibicoara, é caminho para quem vai a uma das principais quedas d’água da Chapada Diamantina, que dá nome à marca.

“Como já estamos no roteiro turístico, e recebemos muitos visitantes, estou investindo numa loja ampla. Quero oferecer conforto e boa experiência para quem nos procura e quer saber mais sobre a produção”, explicou o empresário, que planeja receber mais de 2 mil pessoas por mês com a nova estrutura.

Intercâmbio 

Ao lado de Benedito Braga, o vice-cônsul da Argentina, Santiago Trasmonte, participou da ação e ofereceu, aos produtores dos destilados baianos, um intercâmbio de informações sobre a produção de vinhos argentinos e harmonização com comidas típicas do país.

“O exemplo pode ser seguido pelos empresários baianos. Eles podem se associar também a hotéis, bares e restaurantes, com o objetivo de oferecer ao turista uma rica experiência gastronômica, proporcionando também movimentação econômica”, sugeriu o subsecretário.