Feira de Santana

Pessoas podem ter aproveitado a morte do policial para cometer crimes, diz delegado-geral da Polícia Civil

O delegado geral pontuou que há a possibilidade de pessoas terem aproveitado a morte do policial para cometer os crimes.

18/06/2018 às 17h00, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Atualizada às 19h40

O delegado-geral da Polícia Civil, Bernadino Brito Filho, esteve em Feira de Santana nesta segunda-feira (18), com o objetivo de unir forças com outras instituições de segurança pública e esclarecer a morte do policial militar Wagner Silva Araújo, que foi vítima de latrocínio ao tentar impedir um assalto na madrugada de sábado (16), e também dos 17 homicídios que ocorreram na cidade no fim de semana.

O número de crimes assustou a população e Companhias Especializadas de Polícia, assim como o Grupamento Aéreo (Graer), estão na cidade para reforçar o policiamento, o combate e a repressão ao crime.

Segundo Bernadino Brito, as investigações já foram iniciadas e a polícia quer da um resultado positivo à sociedade sem qualquer tipo de especulação. Questionado se os crimes têm relação com a morte do policial, ele declarou que não é adequado fazer afirmativas dessa natureza.

“Nós já tivemos no passado situações similares em Feira de Santana e que já houve um fim de semana com grande índice de homicídios. Nossa expectativa é que o resultado da investigação traga a verdade dos fatos que podem ter relação com facções que estejam iniciando um novo processo de disputa. Se houve algum tipo de ligação com o crime do policial essa afirmativa a gente não faz. Dentro do processo do que ocorreu em Feira de Santana e o que já ocorreu no passado é anormal sim. Tanto que estamos aqui para trazer a normalidade porque os índices não estavam nesse patamar e aí a gente entende que não podemos fazer colocações de que é grupo de extermínio, que é ação de policiais que estão revoltados. Nossa responsabilidade é buscar a verdade dos fatos e essa é a razão de estar aqui com os colegas diretores. Dando um suporte ao coordenador regional, para que a gente tenha uma responsabilidade no resultado e a resposta que a sociedade precisa”, afirmou.

O delegado geral pontuou que há a possibilidade de pessoas terem aproveitado a morte do policial para cometer os crimes. Dentre as mortes registradas, estão menores de idade e até pessoas que não tinham nenhuma passagem pela polícia. Para ele, policiais não teriam irresponsabilidade de agir contra a vida dessas pessoas e por isso a importância dos fatos serem esclarecidos.

“Tem pessoas que aproveitam esse momento para dizer que existiu ação de policiais. Nós tivemos histórico de que no momento que ocorre a morte de um policial, outros se aproveitam, não estou dizendo que essa é a realidade. Mas, que a gente tem que analisar fato a fato. Existe a possibilidade de essas ações terem partido do Conjunto Penal para desestabilizar ação das policias até para querer trazer uma falta de credibilidade no que diz respeito a toda uma equipe de segurança pública. A credibilidade tem que existir porque nós estamos pra poder revelar a verdade. Ainda que haja qualquer tipo e situação que no momento ainda não se aclara. Se o presídio está fazendo comandos no sentido que aproveitam a morte de um policial para desestabilizar a estrutura, essas pessoas não conseguirão”, comentou.

Equipes que são lotadas na sede do Departamento de Polícia do Interior, equipes da COE, do DHPP estão atuando nas investigações. O delegado explicou que serão escaladas para as investigações quantas equipes forem necessárias. “A meta é colocar um ponto final nesse tipo e conduta de estar aproveitando momentos sensíveis para poder difundir a violência. Temos várias equipes fortalecendo a investigação e dando suporte ao coordenador regional”, concluiu.

Participaram da reunião com o delegado Bernadino Brito o delegado Roberto Leal, coordenador regional de polícia, delegado José Eduardo, diretor do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, delegado e Delegado Flávio Gois, diretor do Departamento de Polícia do Interior.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
 

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