Segurança pública

Autoridades vão solicitar apoio do MP para conter violência no Centro de Abastecimento

Audiência pública foi realizada na última sexta-feira para discutir novas estratégias de segurança para o entreposto.

18/06/2018 às 10h45, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

O alto índice de criminalidade no Centro de Abastecimento de Feira de Santana, com um registro de seis homicídios no primeiro semestre deste ano, vem preocupando as autoridades locais e resultou na realização de mais uma audiência pública para discutir novas estratégias de segurança para o entreposto, na última sexta-feira (15), no Comando de Policiamento Regional Leste.

Participaram da reunião o deputado estadual Zé Neto, o vereador Roberto Tourinho, comerciantes, o secretário de Prevenção à Violência do município, Pablo Roberto, e o coronel Luziel Andrade, comandante do CPRL.

De acordo com o vereador Roberto Tourinho, que foi o responsável pela realização de uma primeira audiência pública sobre o assunto na Câmara de Vereadores, e participou da reunião do CPRL, o Centro é um dos maiores do Norte/ Nordeste e tem um fluxo de mais de 10 mil pessoas diariamente. Para ele, o que antes representava um problema administrativo virou um problema de polícia.

“Na hora que a cerca caiu e a prefeitura não murou, na hora que alguém começou a transformar o centro em local de seresta e casa de show e a prefeitura não tomou uma providência, no dia que alguém resolveu ocupar uma área pública cobrando um estacionamento e a prefeitura não cuidou, esses problemas viraram um caso de polícia. São nove homicídios: três ano passado e seis esse ano. Nós estamos falando de pessoas e comerciantes que chegam na madrugada e saem à noite, um entreposto onde as pessoas lidam com dinheiro vivo e estão amedrontadas”, declarou.

O vereador afirmou que embora esteja no cargo há pouco mais de dois meses, as questões que envolvem o centro também cabem a ele.

“Estamos pedindo apoio da polícia, mas não podemos deixar de reconhecer que os problemas do Centro de Abastecimento não são apenas da polícia. Embora, o atual prefeito Colbert Martins esteja há pouco mais de dois meses no cargo e isso está recaindo sobre ele, a responsabilidade maior não é dele, mas também cabe a ele porque hoje ele é o prefeito e nós temos recebido o apoio para que esses problemas sejam resolvidos”, disse.

O deputado estadual Zé Neto considerou o resultado positivo. Segundo ele, os trabalhadores do centro precisam falar sobre os problemas do local.

“Nós agora vamos ao Ministério Público. Ficou decidido que a Polícia Militar e a Civil, junto com a Guarda Municipal, vão fazer operações mais intensas. Nesta semana, estarão sentando para fazer um planejamento maior do que o que vem sendo feito. Isso vai dar uma apaziguada no centro, mas isso não resolve por si, pois o centro precisa de mais do que isso. O centro precisa de investimentos, imediatamente, na iluminação, cercas que estão totalmente destruídas”, afirmou.

O Coronel Luziel ressaltou que a Polícia Militar nunca deixou de estar presente no centro e dar apoio.
“Agora o que nós temos que ver é o que pode ser agregado às operações e ações da polícia para resultar naquilo que as pessoas querem. Tomamos conhecimento que existe uma lei que regulamenta o horário de funcionamento do Centro, a venda de bebidas alcoólicas, e que precisam ser cumpridos, a exemplo também da exploração do estacionamento, o controle das crianças que transportam feira e que ficam furtando carteiras e celulares, então é todo um conjunto. O que eu quero deixar claro é que a polícia vai continuar trabalhando e aquilo que precisa ser modificado, vamos ajustar para poder melhorar o nosso trabalho". 

Ele disse ainda que a Polícia sugeriu a intervenção do Ministério Público por entender que o centro depende de várias entidades juntas e que cada tem que fazer a sua parte.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

 

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