Parto humanizado será tema de bloco do Hospital da Mulher na Micareta

^{Daniela Cardoso}

Buscando fortalecer o movimento nacional da humanização do parto e nascimento, a Fundação Hospitalar de Feira de Santana – Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher), leva às ruas na Micareta de Feira o bloco Mulheres Sabem Parir e Bebês Sabem Nascer.

O bloco vai desfilar na avenida na noite desta quarta-feira (18), primeiro dia não oficial da festa, a partir das 20h. Além dos funcionários, a presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, informou que toda a população pode participar. As camisas estão sendo entregues na academia Body Work, na Rua São Domingos, com a troca por um pote de vidro com tampa plástica para aleitamento materno e um quilo de alimento. O bloco será conduzido por uma banda de fanfarra.

Gilberte Lucas falou sobre a importância de levar um bloco com esse tema para a Micareta. “Já existe um movimento no Brasil inteiro do parto humanizado em relação ao parto normal, então esse bloco é um incentivo, uma parte educativa. O tema partiu das enfermeiras obstetras da unidade, que diariamente fazem esse acolhimento. É uma brincadeira que estamos fazendo, mas com um tema importantíssimo na parte educativa”, afirmou.

A enfermeira obstetra Luciane Cerqueira falou sobre a escolha do tema e destaca que as mulheres sabem parir. “Desde que o mundo é mundo, as mulheres foram feitas e projetadas para o parto. Fisiologicamente elas têm toda estrutura necessária para um parto natural e sem intervenções”, declarou.

Segundo ela, existe o mito de que o parto normal é doloroso, mas destacou que a história e as evidências científicas provam que a dor do parto é fisiológica e necessária. “Há pouco tempo aprendemos que a dor do parto também é mental, sendo assim, quando a mulher aprende a trabalhar essa dor, automaticamente aprende a controlar as emoções e o corpo para que parto aconteça”, disse Luciane Cerqueira.

Para controlar a emoção, a enfermeira informou que a equipe trabalha muito com o preparo mental. “A gente trabalha com o parto positivo, com boas práticas, com tratamentos não medicamentosos para alívio dessa dor. A humanização nada mais é do que respeitar a fisiologia da mulher no trabalho de parto. É respeitar o momento certo em que a criança vai nascer, pois os bebês sabem nascer e as mamães sabem parir”.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade