Bahia

Internet é mais acessada pelo celular e para trocar mensagens de texto, áudio e imagens

94,6% dos baianos que acessam a Internet usam o celular para isso; pouco mais da metade (53,4%) usam o computador

22/02/2018 às 06h49, Por Andrea Trindade

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Em 2016 mais da metade dos baianos de 10 anos ou mais de idade (54,9% ou cerca de 7,3 milhões de pessoas) acessaram a Internet. Ainda assim, 45,1% não tinham utilizado a Rede nos três meses anteriores à pesquisa, percentual significativamente superior à média nacional (35,3%) e que correspondia a cerca de 6 milhões de pessoas. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou ontem (21) uma pesquisa sobre o uso de celulares.

Segundo a pesquisa, na Bahia, assim como no país como um todo, o uso da Internet era ligeiramente superior entre as mulheres. Entre as baianas de 10 anos ou mais de idade, 57,0% haviam utilizado a Rede, enquanto entre os homens a percentagem era de 52,7%. No Brasil, 65,5% das mulheres e 63,8% dos homens utilizaram a Internet em 2016.

Também de forma análoga ao que se verifica para o país como um todo, na Bahia, a frequência do uso da Internet cresce com o aumento da idade até atingir seu ponto máximo entre os jovens de 20 a 24 anos, faixa etária em que 78,2% das pessoas no estado disseram ter acessado a Rede nos três meses anteriores à pesquisa – percentual bem superior à média geral (54,9%).

Nas faixas etárias seguintes, o uso da Internet começa a decrescer paulatinamente até chegar à sua menor frequência, entre os idosos: 14,4% dos baianos de 60 anos ou mais de idade acessavam a Internet. Em todos os casos, o percentual de usuários da Internet na Bahia ficava significativamente abaixo da média nacional.

A propensão das pessoas a utilizarem as novas Tecnologias de Informação e Comunicação, como a Internet, tende a crescer com a elevação do nível de instrução.

Na Bahia, entre as pessoas com menos de quatro ano de estudo, 14,0% acessaram a Rede (percentual um pouco abaixo da média nacional, de 20,0%), enquanto entre aqueles com mais de 15 anos de estudo, quase todos (96,5%) haviam utilizado a Internet nos três meses anteriores à pesquisa, percentual levemente superior à média (95,8%), o maior entre os estados do Nordeste e o 6º maior do país – empatado com São Paulo e Espírito Santo.

Uso da Internet é significativamente maior também entre os que estudam e entre os que trabalham

Na Bahia, enquanto na população em geral 45,1% não haviam acessado a Rede em 2016, entre os estudantes, o percentual caía para 26,4% (1 em cada 4 estudantes não acessavam Internet). Mesmo assim, era um percentual mais elevado que a média nacional: no país com um todo, 18,4% dos estudantes de 10 anos ou mais de idade não usavam a Internet (menos de 1 a cada 5).

Por outro lado, entre os que não estudavam, metade (50,6%) não haviam utilizado a Internet na Bahia, percentual também superior à média nacional (39,6%).A estrutura etária da população de estudantes é mais jovem que a de não estudantes, o que pode influenciar na utilização da Internet por esses dois grupos.

O trabalho também é um diferencial relevante no uso dessa tecnologia. Na Bahia, 64,8% das pessoas ocupadas acessavam a Internet; já entre as pessoas que não estavam trabalhando, menos da metade (44,8%) utilizavam a Rede.


Celular é equipamento mais usado para acesso à Internet, por 94,6% dos baianos que utilizam a Rede

O telefone móvel celular foi destacadamente o equipamento mais usado para acessar a Internet tanto na Bahia quanto no Brasil como um todo.Quase todos os baianos que acessavam Internet usavam o celular para isso: 94,6% das 7,3 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade nessa situação, percentual idêntico à média nacional.

O computador foi o segundo equipamento mais empregado: por 53,4% dos internautas baianos e 63,7% dos brasileiros. Os percentuais de pessoas que utilizaram os demais equipamentos para acessar a Internet foi muito menor. Na Bahia, 13,0% fizeram isso por tablet (16,4% no Brasil) e 8,3% pela televisão (11,3% no Brasil).

Internet é mais usada para trocar mensagens de texto, voz ou imagens e menos para correio eletrônico (e-mail)

No Brasil como um todo e na Bahia, mais de 90% dos usuários disseram ter usado a Internet para enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (94,2% no país e 94,7% no estado).

O segundo uso mais citado foi assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (por 78,2% dos baianos e 76,4% dos brasileiros), seguido por conversar por chamadas de voz ou vídeo (citado por 75,0% dos usuários na Bahia e 73,3% no Brasil). Por último, a finalidade menos citada foi enviar ou receber e-mail/ correio eletrônico (por 62,0% dos baianos e 69,3% dos brasileiros).

Não saber usar ou não ter interesse são principais motivos citados para não acessar a Internet

Dentre os quase 6 milhões de baianos que não usavam a Internet em 2016, o principal motivo para não ter acessado foi não saber usar a Rede, citado por 2,4 milhões de pessoas, o equivalente a 40,0% dos que não usaram a Internet. Esse foi também o principal motivo citado pelos brasileiros em geral (por 37,8% dos que não acessaram a Internet).

Em seguida, e relativamente próximo ao motivo mais citado, estava a falta de interesse em utilizar a Rede, mencionada por 31,6% dos baianos (ou cerca de 1,9 milhão de pessoas) e por 37,6% dos brasileiros.

O preço do serviço de Internet foi apontado como razão por 15,0% dos baianos que não acessaram a Internet (895 mil pessoas) e por 14,3% dos brasileiros em geral; os custos do equipamento para a acessar a Internet foi a razão menos citada no estado (4,0% ou 236 mil pessoas) e no país (3,4%).

Além disso, na Bahia, 452 mil pessoas afirmaram não ter utilizado a Internet por não haver disponibilidade do serviço nos locais que costumavam frequentar, o que corresponde a 7,6% dos que não usaram a Rede – percentual maior que a média do país (5,5%).

7 em cada 10 baianos têm telefone celular, posse é um pouco maior entre as mulheres

Na Bahia, em 2016, 72,0% da população de 10 anos ou mais de idade (ou cerca de 9,2 milhões de pessoas) tinham telefone celular, percentual que estava um pouco abaixo da média nacional (77,1%).

Tanto no país como um todo quanto no estado, o percentual de mulheres com telefone celular (72,1% na Bahia e 78,2% no Brasil) era mais um pouco mais alto que o de homens (67,2% no estado e 75,9% no país).

Dos baianos que tinham telefone celular em 2016, 72,0% tinham acesso à Internet móvel no aparelho. No país como um todo, esse percentual era de 78,9% das pessoas que tinham celular. O acesso à Internet no celular também era ligeiramente superior entre as mulheres (73,1% na Bahia e 79,7% no Brasil) do que entre os homens (70,8% na Bahia e 77,9% no país).

Assim como ocorre no país como um todo, na Bahia, o percentual de pessoas que têm celular é menor entre as crianças de 10 a 13 anos de idade (32,6%), praticamente dobra entre os adolescentes de 14 a 19 anos (63,3% têm celular) e cresce progressivamente até atingir seu máximo entre os adultos na faixa de 30 a 39 anos de idade (82,6%). Depois se reduz nas faixas etárias seguintes, até chegar a pouco mais da metade dos idosos (52,5%), 6º percentual mais baixo entre os estados.

Posse de celular também é maior para quem tem mais instrução e quem trabalha

Assim como ocorre com o uso da Internet, a posse de celular aumenta conforme o nível de instrução, indo, na Bahia, de pouco mais da metade dos que estudaram até o ensino fundamental incompleto (52,5%) até quase a totalidade dos que têm nível superior incompleto (97,7%) ou completo (98,0%). A mesma relação se verifica para o país como um todo.

A posse de celular também era maior entre as pessoas que trabalhavam. Entre os baianos, 83,3% dos que estavam ocupados tinham telefone celular, enquanto, para os que não trabalhavam esse percentual era de 62,4%. No Brasil como um todo, esses percentuais eram de 88,9% e 69,1% respectivamente.

Preço do aparelho ou do serviço de telefonia móvel é principal entrave à posse de celular

Na Bahia, cerca de 1 em cada 3 pessoas que não tinham celular afirmava que isso se devia ao preço do aparelho ou do serviço de telefonia móvel (34,4% ou 1,4 milhão de pessoas). Assim como no Brasil em geral (28,5%) o custo era o motivo mais citado para não ter celular.

No estado, o segundo motivo mais citado (por quase 1 em cada 5 pessoas que não tinham celular) era não saber usar o aparelho. Era o mesmo percentual do Brasil como um todo, embora no país, o segundo motivo fosse falta de interesse em ter o aparelho de celular, citado por 22,1% dos brasileiros, mas por apenas 17,4% dos baianos.

Na Bahia, 6,2% das pessoas que não tinham celular disseram que isso se deveu à indisponibilidade do serviço de telefonia móvel nos locais que costumavam frequentar, percentual que representava 249 mil baianos. A indisponibilidade do serviço foi o penúltimo motivo mais citado, acima apenas dos “outros” (5,3%).

No país, como um todo, a indisponibilidade do serviço de telefonia móvel foi o motivo menos citado para não ter telefone celular, por apenas 3,9% das pessoas que não possuíam o equipamento.

Na Bahia, pouco mais de 4 a cada 10 domicílios não acessavam a Internet em 2016, custo do serviço era a principal razão

Embora em mais da metade dos domicílios baianos (57,3%) tenha havido utilização de Internet em 2016, esse foi o 6º percentual mais baixo de uso domiciliar da Rede no país, onde houve utilização de Internet em 69,3% das residências.

Enquanto no país como um todo a razão mais citada para a não utilização da Internet no domicílio foi a falta de interesse em acessar a rede (mencionada por 34,8% das residências), na Bahia o custo do serviço foi mais importante: 32,0% dos domicílios (708 mil em números absolutos) informaram que não acessavam a Internet porque era caro.

No estado, a falta de interesse foi o segundo motivo mais citado (por 28,7% dos domicílios que não usaram a Internet). Em pouco mais de 1 a cada 5 domicílios baianos que não usaram a Internet (214%), a razão citada foi que nenhum morador sabia usar a Internet – percentual bem próximo da média nacional (20,7%).

Na Bahia, 8,9% dos domicílios onde não houve utilização da Internet disseram que o serviço não estava disponível na área, o que correspondeu a quase 200 mil residências sem serviço de Internet no estado. Esse percentual também não ficou muito distante da média nacional: em todo o país, 8,1% dos domicílios, ou 1,7 milhão de residências, informaram não acessar a Internet por indisponibilidade do serviço.

1 em cada 10 domicílios baianos não tinham nenhum aparelho de telefone em 2016, fosse fixo ou móvel

Na Bahia, 10,2% dos 5,2 milhões de domicílios (ou 529 mil residências) não tinham nenhum tipo de aparelho de telefone em 2016, fosse fixo ou móvel. Era o 4º maior percentual do país, empatado com o do Acre e menor apenas que os de Maranhão (16,6%), Pará (13,3%) e Amazonas (11,4%).

No Brasil como um todo, 5,4% dos domicílios (ou 3,8 milhões) não tinham telefone, percentual que era próximo do zero no Distrito Federal (0,9%).
Enquanto no Brasil como um todo 1 em cada 3 domicílios tinham ao menos telefone fixo (33,6%), na Bahia, esse tipo de telefone existia apenas em 17,3% dos domicílios, ou seja, em 82,7% das residências baianas (4,3 milhões em números absolutos) não havia telefone fixo em 2016.

As proporções praticamente se invertiam no estado quando se tratava de telefones celulares: 88,4% dos domicílios baianos (4,6 milhões em números absolutos) tinham ao menos um aparelho de celular, enquanto 11,6% não tinham.

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