Secretário de Saúde visita obras de ampliação do Clériston e anuncia construção do HGCA II

^{Rachel Pinto}

O secretário estadual de saúde da Bahia, Fábio Villas Boas, visitou as obras de reforma e ampliação da emergência do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, na manhã desta quinta-feira (08). Ele também visitou a obra da policlínica regional localizada ao lado do Hospital Estadual da Criança (HEC), e cedeu uma entrevista à imprensa.

Na oportunidade, o secretário destacou os investimentos na área de saúde para a cidade, como a implantação de mais leitos de enfermaria, ortopedia, clínica cirúrgica e a construção de um novo prédio, o HGCA II.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Nós temos um projeto de reformar todo o hospital. Por partes, evidentemente. Porque o hospital não pode ser parado para entrar em reforma geral e nós estamos fazendo a reforma inicial na emergência. Vamos reformar posteriormente o centro obstétrico, que já foi transferido para o Hospital Estadual da Criança. O nosso projeto inclui ainda transferir o centro cirúrgico para o HGCA II, que vai passar a ter 12 salas de cirurgias. O antigo centro cirúrgico será transformado em enfermarias e também vamos transferir para lá o centro de diagnóstico por imagem, que vai ocupar um andar inteiro. E ao longo desse ano e no próximo ano, vamos reformando o hospital inteiro, modernizando, corrigindo os déficits dos anos que ele não foi reformado, revisando a parte elétrica, revisando estrutura, piso, paredes, banheiros, e vamos modernizar completamente esse prédio e colocá-lo como um hospital 4.0”, afirmou.

A reforma e ampliação do hospital recebeu um investimento de mais R$ 5 milhões e ocupa uma área de 2.300m². 

O HGCA II

Sobre o prédio novo do HGCA, Fábio Villas Boas explicou que este será um equipamento bem moderno e totalmente informatizado.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“A definição nossa foi construir um prédio novo, um hospital novo, conectado ao Clériston que não se poderia simplesmente demolir e desprezar esse grande equipamento que existe hoje aqui. Além disso, o hospital está em boas condições e ele precisa ser apenas modernizado, reformado, dar a ele novas condições de humanização e climatização de enfermarias”, acrescentou.

A obra do HGCA II, de acordo com o secretário, será um dos maiores investimentos na área de saúde, que atenderá Feira de Santana e região. A Policlínica Regional, que está também em fase de construção, funcionará como um consultório, com agendamento de exames e consultas. Os pacientes serão transportados para o atendimento em ônibus com ar-condicionado e wifi. Após o atendimento serão levados para casa e acompanhados pelo equipamento.

A previsão, conforme o secretário, é que as obras iniciem ainda esse semestre. "O projeto dele deverá estar incluído em abril e aí nós iremos licitar a construção e iniciar a obra. Vim com os arquitetos e engenheiros da secretaria fazer a implantação do novo hospital e nós decidimos um local entre a Dires e o primeiro bloco de prédios do Clériston”, destacou.

Policlínica

Villas Boas também visitou as obras da Policlínica Regional, que, segundo ele, é um equipamento de grande porte na área de saúde e a previsão é que seja entregue no final de maio. Disse ainda que terá todos os serviços de diagnóstico por imagem, incluindo tomografia computadorizada e ressonância magnética.

“Vamos oferecer isso para toda a população da região e de Feira de Santana, com exames e consultas de especialistas. Feira de Santana também precisa de um hospital municipal. A prefeitura deveria investir recursos municipais para poder ter o seu hospital e não depender exclusivamente recursos do governo do estado", criticou. 

UPA e maternidade do HEC

Fábio Villas Boas também salientou que o estado já investiu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) cerca de 10 milhões. Os investimentos da maternidade Hospital da Criança (HEC) foram de 5 milhões e o equipamento vai custar para o estado da Bahia 30 milhões de reais por ano. “É preciso destacar isso, porque é a segunda maior maternidade pública do estado da Bahia. Dedicada aos partos de risco elevado e isso é bem diferente de ter uma maternidade de baixo risco, é muito custoso. O prédio do HGCA II deverá custar em torno de 40 milhões de reais em recursos do governo do estado”, pontuou.

Em relação aos atendimentos da UPA do HGCA, Fábio Villas Boas comentou que, às vezes, ocorrem dificuldades de atendimento, porque falta o apoio do governo municipal.

“A prefeitura está tirando o 'braço da seringa' e jogando as pessoas para serem atendidas na UPA do governo do estado. É preciso que o Ministério Público acompanhe de perto o que está acontecendo com a saúde de Feira de Santana e acompanhe o investimento que eles precisam fazer para acompanhar a atenção básica”, finalizou.

Febre amarela

Questionado sobre a febre amarela na Bahia, Villas Boas comentou que ainda não foi registrado nenhum caso da doença no estado em humanos. O único caso considerado foi importado de uma pessoa de São Paulo. O estado está atuando contra a doença, fazendo o bloqueio vacinal.

Picuinhas

O deputado Zé Neto, líder do governo do estado, também acompanhou a visita do secretário Fábio Villas Boas. Ele ressaltou sobre a importância das obras e dos investimentos em saúde e comentou que fica incomodado com algumas picuinhas entre os governos do estado e município.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“No conjunto a saúde não funciona bem como a gente espera que funcione. Porque se não tiver combinação, se tiver essa picuinha e esse interesse empresarial, não acontece”, declarou.

Ele comentou sobre o fechamento de setores de unidades municipais de saúde, como o Hospital Dom Pedro e Casa de Saúde Santana, e defendeu que Feira de Santaana também precisa de um hospital municipal.
 

Com informações do repórter Ed Santos, do Acorda Cidade.