Saúde

Tremor nas pálpebras pode ser sintoma de estresse

Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o tremor nas pálpebras é uma condição, geralmente, benigna.

02/02/2018 às 07h35, Por Maylla Nunes

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Há muitas situações irritantes no dia a dia. Uma delas é quando sua pálpebra insiste em tremer e, neste caso, não há nada que você possa fazer, a não ser esperar passar. O nome médico deste tremor nas pálpebras é mioclonia ou mioquimia palpebral. Se isso acontece com você com frequência, é preciso prestar atenção, pois na maioria dos casos está ligado a quadros de estresse.

Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o tremor nas pálpebras é uma condição, geralmente, benigna. “Na maioria dos pacientes, a mioclonia palpebral é um sinal de cansaço crônico, de ansiedade, de consumo excessivo de cafeína ou de álcool ou ainda de deficiência de magnésio. Trata-se de uma queixa constante na prática clínica”, explica.

Qual a relação do estresse com o olho?
Dra. Tatiana explica que quando estamos estressados, liberamos hormônios, como o cortisol, que vão para o sistema nervoso autônomo (responsável por controlar funções como respiração e digestão). “Lá, eles geram estímulos para as pálpebras e isso faz com que elas tenham contrações involuntárias e repetitivas das fibras do músculo orbicular palpebral”.

Mas, não é só o estresse que pode fazer suas pálpebras tremerem. O consumo além da conta de café e álcool também tem relação com a mioclonia. Outra causa comum é a deficiência de magnésio, mineral ligado à transmissão de impulsos nervosos e às contrações musculares. O cansaço visual pode levar ao tremor. Horas em frente ao computador, falta de óculos ou lentes com graus inadequados também são causas da mioclonia, assim como o olho seco.

Gerenciamento do estresse
Não há nenhum tratamento para o tremor nas pálpebras. “O que é recomendado ao paciente é gerenciar o estresse, diminuir a ingestão de cafeína e álcool e trabalhar nos outros fatores de risco passíveis de prevenção, como reduzir a quantidade de horas em frente ao computador, consumir alimentos ricos em magnésio e assim por diante”, comenta a médica.

Tremores acompanhados de outros sintomas devem ser investigados
A mioclonia pode durar alguns minutos e persistir durante semanas, principalmente quando ligada ao estresse.

“Não há com o que se preocupar se não existirem outros sintomas relacionados. Entretanto, se o tremor persistir e outras manifestações surgirem, como contrações musculares nos braços e nas pernas, alteração da força, cansaço crônico, perda de peso, alterações visuais, no paladar, olfato, entre outros, é preciso procurar investigar”, finaliza Dra. Tatiana.
 

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