Programa do governo garante eventos culturais durante seis meses em Feira de Santana

^{Daniela Cardoso e Ney Silva}

O Projeto Memória Cantada do cantor, compositor e produtor cultural Asa Filho, vai realizar várias atividades durante seis meses em Feira de Santana. As ações têm apoio do programa Fomenta Cultura do governo da Bahia e começam a ser apresentadas na noite desta quinta-feira (25) na Cidade da Cultura, no conjunto João Paulo II.

De acordo com Asa Filho, o objetivo principal do projeto é aproximar as pessoas das memórias que Feira de Santana tem. “A gente anda muito distante das memórias e temos uma cidade que tem que participar desse circuito internacional de turismo e temos memórias em Feira de Santana. A literatura de cordel, que é uma escrita antiga, as bonecas de panos, os monumentos de Feira de Santana, tudo isso será lembrado”, informou.

O projeto tem duração até junho, com shows mensais e exposições, que visam preservar e fortalecer importantes manifestações culturais no interior da Bahia, como o artesanato, a capoeira e o cordel. Entre os artistas que irão se apresentar no palco da Cidade da Cultura ao longo desses seis meses estão a banda Escola Pública, os grupos Quaternária e Psicordélico, Neném do Acordeon, e o Terceto de Pau e Corda, além de grupos de Ternos de Reis da região. Como parte da programação, a artesã Marilene Bonequeira e o folheteiro e cordelista Jurivaldo Alves são alguns dos convidados a expor durante a realização do projeto, que conta com a produção audiovisual do cineasta Ícaro de Oliveira.

O produtor Asa Filho destacou que a Cidade da Cultura é um espaço cultural que sempre participa desse tipo de projeto. “O governo do estado tem um edital que chama dinamização de espaços culturais na Bahia. Tivemos o prazer de conquistar esse edital, que vem via fomento da secretaria de Cultura e a gente vai desenvolver durante seis meses as atividades. Temos uma programação já estabelecida e na noite desta quinta, a partir das 20h, vamos ter em telão e música a demonstração do que é o projeto”, informou.

Asa Filho contou que a ideia do projeto surgiu em parceria com uma museóloga de Feira de Santana, após visitarem diversos espaços da cidade, como o Campo do Gado e a rodoviária de Feira, onde tem o painel Lênio Braga.

“A museóloga Lise Marcelino Souza, que trabalha no Antares, e eu visitamos vários lugares que realmente tem a necessidade de serem vistos pela memória que tem. Estamos em uma época de alta estão, mas Feira está numa baixa estação. Nessa época a cidade fica vazia, quando se deveria criar um circuito de turismo. Não precisa a cidade ter praia pra ser turística, então o objetivo do projeto também é educativo”, destacou.