Educação

Mais de 1,5 milhão de baianos com 15 anos ou mais não sabem ler ou escrever

Número de anos de estudos na Bahia é maior entre brancos de 18 a 39 anos

22/12/2017 às 08h06, Por Andrea Trindade

Compartilhe essa notícia

Acorda Cidade

Mais de 1,5 milhão (1.538.293) baianos com 15 anos ou mais não sabem ler ou escrever. Desse total, 122.344 estão na Região Metropolitana e 61.351 na capital baiana. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua): Módulo Temático Educação, divulgado ontem (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2016, a taxa de escolarização na Bahia, que é a proporção de estudantes em relação ao total de pessoas, era de 30,1%, pouco acima da taxa nacional, que era de 27,5%. Entre os homens baianos, essa taxa era um pouco maior (30,8%), enquanto que entre as mulheres, esse número era menor do que o total e do que o dos baianos (29,4%). Na variável por cor ou raça, a taxa de escolarização era maior entre pretos e pardos (30,4%), pouco acima dos 29,0% registrados entre os brancos. Isso explica-se ao fato de que pretos e pardos representam mais de 82,0% da população baiana.

Na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e na capital baiana, os números seguem o mesmo ritmo do estado. Enquanto que na RMS, a taxa de escolarização era de 28,7%, na capital essa taxa era de 28,3%.

Taxa de analfabetismo na Bahia é maior entre mulheres com 60 anos ou mais (39,5%). Analisando a variável cor e raça, a taxa de analfabetismo entre pretos e pardos com mais de 60 anos salta para 41,1%, salientando-se, mais uma vez, a proporção de pretos e pardos na população baiana (82%).

Em todo o estado, a taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais era de 13,0% em 2016, quase o dobro da média nacional (7,2%). Na Região Metropolitana de Salvador, esse percentual cai para 3,8% e em Salvador, o percentual é ainda menor (2,5%).

Número de anos de estudos na Bahia é maior entre brancos de 18 a 39 anos, que estudam em média 10 anos. Esse é o mesmo tempo de estudo entre mulheres baianas de 18 a 29 anos. Já o menor período de estudos (3 anos) foi identificado entre pessoas pretas e pardas com 60 anos ou mais de idade.

Na Região Metropolitana, o número de anos de estudos entre brancos de 18 a 39 anos aumenta para 12 anos. Na capital, pessoas brancas entre 18 a 24 anos estudam mais ainda, cerca de 13 anos.

Em todo o estado, pessoas de 25 anos ou mais estudam em média 7 anos, um ano a menos do que a média nacional (8 anos). Já entre os homens baianos essa média cai para 6 anos.

Taxa de Frequência escolar líquida na Bahia era maior entre crianças brancas, de 6 a 14 anos

A taxa ajustada de frequência escolar líquida ajuda a monitorar o acesso, o atraso e a evasão do sistema de ensino. Ela representa a população que frequenta o grau adequada à sua faixa etária. Na Bahia, a maior taxa de frequência escolar (96,6%) estava entre crianças brancas, com idade de 6 a 14 anos, faixa etária ideal do Ensino Fundamental. Enquanto a menor taxa de frequência escolar no estado (12,2%) estava entre homens, de 18 a 24 anos, faixa etária ideal do Ensino Superior.

Já na Região Metropolitana, a taxa de frequência escolar é maior (97,2%) entre crianças pretas e pardas, de 6 a 14 anos, faixa etária compatível com o Ensino Fundamental. A situação se repete na capital baiana, onde o percentual neste grupo foi de 97,0%.

Para o grupo etário de 15 a 17 anos, o ideal seria estar frequentando o ensino médio, porém apenas 53,4% estava na idade/série adequada na Bahia. Entre as mulheres dessa faixa etária, a taxa ajustada de frequência escolar líquida ao ensino médio (62,2%) foi maior do que a observada entre os homens (44,7%). Isso significa que 46,6% dos jovens baianos de 15 a 17 anos estavam atrasados em relação à etapa de ensino que deveriam estar frequentando, seja por reprovação, seja por evasão.
 

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade