Acusado de matar e torturar menina de 12 anos já está no Conjunto Penal de Feira de Santana

^{Andrea Trindade}

Acusado de torturar e matar a adolescente Vitória Paixão de Souza Santos, de 12 anos, no dia 1º de março deste ano, no bairro Aviário, em Feira de Santana, Felipe Souza Santos, conhecido como Jegue, 20 anos, recebeu alta do Hospital Geral Clériston Andrade ontem (16) e foi levado para o Conjunto Penal de Feira de Santana, em cumprimento a um mandado de prisão.

Felipe, que já estava sendo investigado pela polícia, foi socorrido para o hospital após sofrer uma tentativa de homicídio e foi preso na unidade de saúde. Ele não quis informar o nome de que teria tentado matá-lo, e negou a autoria do assassinato da adolescente.

“Quem tentou me matar foi uns indivíduos aí, mas está nas mãos de Deus. Deixa Deus trabalhar. Estou pagando por um homicídio que eu não cometi, vou para o presídio injustamente. Tentei sair do crime, mas não quiseram que eu saísse. Entrei no mundo do crime porque eu era muito humilhado, não podia estudar, e foi uma forma de eu me vingar, mas vi que não valia a pena”, disse o acusado sem consegui explicar quem o impedia de estudar e sair da criminalidade.

Felipe disse também que não faz parte de facção e que já tem dois acusados do homicídio presos. “Um parceiro meu tem envolvimento. Eu falei a verdade para a polícia, mas um homicídio que eu não fiz eu não assumo não. minha esposa está gravida, e eu não vou ter a oportunidade de ver meu filho nascer. No dia do crime eu estava na casa da minha ex-mulher no bairro Conceição”, contou ao Acorda Cidade.

A polícia não acredita na versão do acusado e apresentou provas no inquérito que foram determinantes para a justiça decretar a prisão preventiva dele.

O crime

Foto: Paulo José/Acorda Cidade (Arquivo)

Conforme a ocorrência policial, antes de morrer, Vitória Souza Paixão foi atraída para um imóvel, no bairro Aviário, onde foi torturada por Felipe e mais dois comparsas menores de idade, durante horas. Ela foi amarrada, amordaçada com fios de cobre, surrada com pedaços de madeira, teve os cabelos cortados e afogada diversas vezes em um balde com água até a morte.

O corpo foi encontrado no dia seguinte, envolto em uma rede e jogado num lixão nos fundos do presídio.

Informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade