Conheça o cantor mirim Willian Lima, que toca teclados e canta hits de amor e sofrência

^{Rachel Pinto}

Com apenas 12 anos de idade, Willian Lima, sabe muito bem que o sucesso pode ter o seu ônus e bônus. Morador do Parque Panorama em Feira de Santana, ele vem se destacando na cidade e região como cantor, músico e compositor e realizado diversas apresentações em espaços e eventos. Com os pés no chão, Willian tem sua base na família, é fã de muitos cantores sertanejos, de arrocha e gosta de cantar músicas que falam de amor, sofrência e também composições autorais, que segundo ele, a inspiração para escrevê-las vem de forma espontânea. A influência para a carreira artística vem do pai, que também já trabalhou com música e, segundo Willian, é o seu maior ídolo.

Foto: Divulgação

Ele conta que o gosto pela música começou desde cedo vendo o pai cantar e nas aulas de teclado que teve no Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca). Depois vieram as aulas na igreja do bairro e cada vez mais ele foi se aperfeiçoando. O despertar para a carreira musical de forma profissional aconteceu quando, ao participar de um programa da rádio comunitária do bairro, Willian e seu pai, o comerciante Regivaldo Mota, se encontraram com o produtor e comunicador Adailton Santana, conhecido como ‘Dai’. Desse momento em diante ‘Dai’, assumiu o papel de produtor do cantor mirim.

Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade

Em nove meses, com o trabalho de produção, Willian já se apresentou em camarotes da Micareta de Feira de Santana, fez shows em Salvador e também na festa do Dia das Crianças, na premiação do concurso repórter Mirim do Acorda Cidade. As primeiras apresentações do garoto começaram no bairro do Tomba, na praça principal. Ele já é figurinha conhecida tanto no bairro que mora como nas localidades vizinhas. Basta perguntar quem é o menino cantor que toca teclados que todos sabem quem é.

Ele relata que conta com todo o apoio dos pais e da família e é com os familiares que aprendeu a separar a música dos estudos e também a lidar com as críticas.

Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade

“Eu comecei a me identificar com a música por influência de meu pai, que é compositor e cantor. Aí iniciei as aulas de teclado e depois de técnicas vocais. O shows geralmente acontecem aos finais de semana e não me atrapalham nos estudos. Eu sempre adianto as atividades para ficar livre. Além da música, meu grande sonho é fazer uma faculdade de Medicina. Eu concilio os estudos com as apresentações e conto com o apoio de toda a minha família. Recebo muitos elogios e também críticas das pessoas. Muitos colegas da escola acham legal o que eu faço, já outros, ficam me zoando. Mas, eu não me importo com isso. Fico um pouco triste, mas não é uma coisa que me desanima. Eu tento aprender com as críticas e vejo se eu tenho alguma coisa para melhorar”, afirma.

Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade

Regivaldo Mota e Elizângela de Almeida Lima são os pais de William. Eles falam com orgulho do filho e revelam que ele é uma criança muito responsável, comprometida, dedicada aos estudos, à música, aos amigos e à família.

“Aqui em casa ele é a criança Willian Lima. Que corre, brinca com os primos, com o irmão mais novo. Nos palcos ele é o músico, que é dedicado e muito comprometido com o que faz. Na escola, Willian é um dos melhores alunos e nós sempre estamos conversando com ele e refletindo sobre a consciência de todas as responsabilidades. Ele não me dá trabalho nenhum”, diz.

Foto: Arquivo Pessoal

Adailton Santana, ‘Daí’, que já trabalhou com vários artistas e já produziu vários eventos, considera William Lima como uma grande revelação da música. Para ele, mesmo sendo uma criança, o garoto já apresenta muita maturidade e mostra para que veio.

“Quando eu vi Willian pela primeira vez eu gostei do trabalho dele. Sabia que tinha que ser lapidada alguma coisa e aí a gente foi lapidando. Contratamos um professor de técnicas vocais. Ele tem também um professor de teclado para ir aperfeiçoando a cada dia mais. Porque não pode parar. Teve a gravação do primeiro CD que tem músicas autorais e regravações e, nesse pouco tempo que a gente está trabalhando, já temos vários eventos, aparições em televisão e já conseguimos um contrato para o Zerinho”, acrescentou 'Dai'.

Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade

 

Boca de Vermelho

Entre alguns sucessos autorais, William Lima tem a música Boca de Vermelho com o refrão: ‘Eu tô pirado no teu lindo olhar, eu tô pirado nessa boca pintada de vermelho’. Um pouco tímido, ele despista e diz que não se inspirou em ninguém para escrevê-la, mas gosta muito de ouvir músicas de arrocha, sertanejo, que falam de amor, poesia e sentimentos.

Fã de Pablo, o garoto, às vezes, é comparado como ‘Pablo Mirim’. Ele disse que gosta das comparações com o artista, já tirou uma foto com ele, sonha em um dia quem sabe fazer um show ou tocar com ele, mas também quer ter a sua própria identidade.

“Eu gosto quando as pessoas me comparam com Pablo, falam que eu sou o ‘Pablo Mirim’, é bom, assim muita gente vai conhecendo o meu trabalho. Mas, eu quero que as pessoas saibam quem é William Lima”, acrescenta.

Foto: Arquivo Pessoal

Equipe

Além do suporte de toda a família, do trabalho de produção feito com Adailton Santana, o cantor mirim conta ainda com uma equipe de músicos que o acompanham nos ensaios e nos shows. A banda de Willian Lima é composta por cinco pessoas entre músicos e backing vocals muito experientes e que inclusive já trabalharam com artistas de sucesso.

Os músicos dizem que a cada dia é um aprendizado diferente trabalhar com o garoto e há muitas trocas de experiências. Juntos vão aperfeiçoando o trabalho, dialogando, e William, com maturidade, sempre procura escutar e se relacionar com todos da melhor forma possível.

Foto: Arquivo Pessoal

Futuro

Com uma carreira promissora, por onde passa, o cantor mirim, com seu carisma, vai conquistando uma legião de fãs. Fãs mirins cujos olhos brilham de alegria em vê-lo e fãs de todas as idades, que se encantam com o menino. O futuro para ele ainda é algo que está um pouco longe, mas os planos de ser um grande artista de sucesso já estão impressos nos seus cadernos de composições. Em nenhum momento ele deixa de lado seus brinquedos, seu universo infantil e as vivências de uma criança de 12 anos.