Feira de Santana

Trabalhadores fazem manifestação contra a reforma trabalhista, que passa a vigorar neste sábado (11)

Sandra Freitas, presidente do Sindicato dos Bancários, disse que a proposta do movimento é chamar a atenção da sociedade para o assassinato da CLT, que é a consolidação das leis trabalhistas.

10/11/2017 às 18h02, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Na tarde desta sexta-feira (10), trabalhadores se reuniram e saíram pelas ruas do centro de Feira de Santana, para protestar mais uma vez contra as reformas trabalhista, da previdência e a lei da terceirização. O ato popular aconteceu em todo o Brasil e reuniu diversos segmentos de manifestantes. A reforma trabalhista entra em vigor com as alterações em vários pontos nas leis trabalhistas neste sábado (11).

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Sandra Freitas, presidente do Sindicato dos Bancários, disse que a proposta do movimento é chamar a atenção da sociedade para o assassinato da CLT, que é a consolidação das leis trabalhistas.

Segundo ela, o governo atual não respeita os trabalhadores, que ao longo de anos lutaram em busca de suas conquistas.

“Hoje é um dia de luto pela nossa CLT que foi assassinada. Todos os itens da reforma são prejudiciais aos trabalhadores e dentre eles temos a questão do trabalho intermitente, que é aquele que as empresas podem chamar o trabalhador para trabalhar duas ou três horas por dia, um dia da semana e no final do mês ele só receber por essas horas trabalhadas. Ou muda o congresso ou os trabalhadores terão muito mais perdas”, afirmou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Ainda de acordo a sindicalista, as manifestações da classe trabalhadora deveriam interferir nas decisões dos políticos. Para ela, o povo brasileiro precisa acordar e ir para as ruas.

“Precisamos fazer uma mudança radical no congresso e não votar em quem votou contra os trabalhadores. Essas pessoas não podem merecer o nosso voto”, acrescentou.

Zé Grande, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais declarou que as reformas trabalhistas prejudicam imensamente os trabalhadores do campo e o processo de aposentadoria. A mudança na legislação vai tirar direitos da aposentadoria rural e as pessoas que sobrevivem nesta realidade vão sofrer muito.

“Precisamos evitar a aprovação desse projeto. Juntar forças. Os trabalhadores estão preocupados com esta situação”, afirmou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio, Antônio Cedraz também lamentou as reformas da previdência e trabalhista, assim como a lei da terceirização. Para ele, tais medidas acabam com uma série de conquistas dos trabalhadores.

“São 70 anos de lutas e conquistas que estão para serem enterradas. A CLT praticamente foi jogada no lixo. Os trabalhadores do comércio que já são tão sacrificados vão perder vários direitos”, finalizou.

A reforma

A reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado (11), alteras regras da legislação atual e traz novas definições sobre pontos como férias e jornada de trabalho.

Ao todo, foram alterados mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e criadas duas modalidades de contratação: trabalho intermitente (por jornada ou hora de serviço) e a e o teletrabalho, chamado home office (trabalho à distância).

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
 

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