Feira de Santana

Aprovado em 2ª discussão, projeto que prevê leitura da Bíblia em escolas segue para sanção do prefeito

O vereador Isaías de Diogo, autor do PL explicou como o projeto funciona e afirmou que não haverá aula de religião nas escolas.

19/10/2017 às 10h28, Por Rachel Pinto

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Ney Silva e Rachel Pinto

A Câmara Municipal de Vereadores aprovou, em 2ª discussão, o Projeto de Lei 162/2017 que autoriza a leitura da Bíblia em escolas de Feira de Santana. O projeto causou reação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB). O vereador Isaías de Diogo, autor do PL explicou como o projeto funciona e afirmou que não haverá aula de religião nas escolas.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“É um projeto que dá garantia às pessoas lerem o livro que acreditam. Se a pessoa é espírita, se a pessoa é budista, se é evangélica, se é católica. Será assegurada a leitura daquilo que elas acreditam. O projeto é só isso, não é para dar aula nas escolas de religião. Não tem não nada a ver. A gente fica triste com a presidente da APLB que deveria ter procurado ler de fato o projeto. Até porque eu me propus a explicar ou até a desenhar para ela poder entender. Mas, ela não quis, infelizmente”, disse.

Isaías de Diogo afirmou que espera que o prefeito José Ronaldo de Carvalho dê o parecer favorável e sancione o seu projeto de lei.

Indignada com a aprovação do projeto, a professora Marlede Oliveira, presidente da APLB Sindicato, declarou que a entidade vai entrar com uma ação na justiça de inconstitucionalidade para derrubar o projeto de lei do vereador Isaías de Diogo.

A sindicalista relatou que o vereador é inimigo dos trabalhadores e a categoria não pode admitir que um vereador que não se preocupa com as questões principais educacionais da cidade, como questões de saúde, possa ter um projeto como o da leitura bíblica nas escolas aprovado.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Ele é contra os trabalhadores. Votou contra o enquadramento, a mudança de referência, e a favor do aumento do projeto de previdência. Ele não vota a favor dos trabalhadores e agora quer impor que a Bíblia seja lida na escola”, finalizou.

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