Política

Contra crise, Eunício deve trabalhar para adiar análise do caso Aécio

Na última terça (26), a Primeira Turma do STF decidiu afastar Aécio do mandato, e o proibiu de sair de casa à noite.

29/09/2017 às 15h39, Por Brenda Filho

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Após o Supremo Tribunal Federal marcar o julgamento de uma ação que pede que o tribunal considere a possibilidade de o Congresso rever, em até 24 horas, qualquer medida cautelar diversa da prisão imposta a parlamentares, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), está incumbido de adiar a análise, pela Casa, do afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Na última terça (26), a Primeira Turma do STF decidiu afastar Aécio do mandato, e o proibiu de sair de casa à noite. A decisão gerou descontentamento entre senadores, especialmente daqueles investigados pela Lava Jato, que alegaram interferência do Judiciário no Legislativo. Diante da iminente crise entre dois poderes, a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, iniciou uma série de conversas com Eunício para tentar baixar a temperatura. Um dos principais pontos da negociação era tentar fazer com que o ministro Luiz Edson Fachin liberasse a ação para julgamento, o que ocorreu na noite desta quinta (28). Logo após, Cármen Lúcia voltou a ligar para Eunício, que, agora, trabalhará no Senado para adiar a votação, articulada pelos senadores, sobre se a Casa autorizará ou não o afastamento de Aécio. Nos bastidores, porém, Eunício enfrentará resistência do próprio Aécio e do ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL). Os dois trabalham e insistem para que a votação do Senado seja mantida para a próxima terça, uma semana antes de o STF se debruçar sobre o tema.

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