Comportamento

Psicólogo considera absurda decisão sobre tratamento de pessoas homoafetivas

O Acorda Cidade ouviu o professor de psicologia Alfredo Morais. Segundo ele, essa decisão vai de encontro ao que diz a Organização Mundial de Saúde (OMS) e também a própria ciência.

19/09/2017 às 15h44, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

A decisão de um juiz de Brasília, que deixou psicólogos livres para oferecer tratamentos contra a homossexualidade, vem gerando muita polêmica e discussões, especialmente nas redes sociais. O Acorda Cidade ouviu o professor de psicologia Alfredo Morais, que afirmou que essa decisão é absurda, já que vai de encontro ao que diz a Organização Mundial de Saúde (OMS) e também a própria ciência.

“É um retrocesso no que tange o pensamento sobre a homoafetividade no nosso país. É um retrocesso em todos os pontos. Isso chega a ser uma agressão à comunidade LGBT, pois a homossexualidade deixou de ser doença pela OMS desde 1990. Estamos incorrendo em um risco enorme de uma ‘caça às bruxas’ em uma comunidade que já conquistou seus direitos”, afirmou.

O professor diz ainda acreditar que o juiz não conhece o que é tratar alguém em nível de psicologia. Segundo ele, alguns psicólogos defendem esse tipo de tratamento, principalmente os que versam alguma religiosidade adversa da liberação da orientação sexual. Apesar disso, ele alerta que o Conselho Federal de Psicologia não concorda com essa liminar.

“Acredito que o juiz não tem conhecimento sobre os tratamentos psicológicos e legislar contra a Organização Mundial de Saúde é algo muito perigoso”, destacou o professor de psicologia Alfredo Morais.

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As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

 

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