Saúde
Saiba como a alimentação pode auxiliar a minimizar os sintomas do tempo seco
Especialista da Splendido Alimentação orienta o que incluir no cardápio neste período de baixa umidade do ar.
13/09/2017 às 15h40, Por Rachel Pinto
Acorda Cidade
Diversas regiões do País têm apresentado tempo muito seco nos últimos dias. Em alguns lugares, não chove há meses, como é o caso de Belo Horizonte, que está há quase 80 dias sem chuva. No Sul, como em Curitiba, ou no Centro-Oeste, como em Cuiabá, a baixa umidade do ar também se faz presente. Em São Paulo não é diferente: o tempo seco tem elevado as temperaturas e derrubado a umidade. Essa condição climática também favorece a manutenção dos poluentes no ar, o que potencializa os danos à saúde. Por isso, com a umidade do ar baixa, é comum sentir seus efeitos no organismo.
O desconforto é ainda maior para pessoas que já têm doenças respiratórias como asma, rinite alérgica ou bronquite crônica, que ficam propensas ao agravamento dos quadros. Para além dos problemas respiratórios, o tempo seco pode causar dores de cabeça, irritações nos olhos, nariz, garganta e pele. A garganta pode ficar seca, a voz rouca, inclusive com possibilidade de inflamação na faringe. Neste cenário, alguns cuidados são fundamentais para atravessar o clima seco com a saúde em plena forma.
Para enfrentar semanas como esta, em que a umidade relativa do ar chegou aos índices mais baixos registrados neste ano na cidade de São Paulo, a nutricionista da Splendido Alimentação, Rita Scarpato dá algumas dicas.
A principal recomendação para os dias secos é tomar bastante água, o que pode ajudar a aliviar a irritação na garganta, orienta Rita. “A água, pura, é a melhor opção. Mas não caia na regra dos dois litros por dia: essa é uma medida geral e a quantidade de água que uma pessoa realmente precisa varia de acordo com alguns padrões individuais, como a prática de atividades físicas”, orienta. Rita acrescenta que, quem não tem o hábito de ingerir água com frequência, pode recorrer às opções aromatizadas da bebida. “Basta adicionar folhinhas de hortelã, cascas de laranjas ou limão, erva cidreira, gengibre, cravo, canela em pau, ou até mesmo gotas do suco de frutas”, orienta.
Ainda sobre o consumo de água, Rita faz uma observação importante: “Nada de encher a barriga de água junto com as refeições. O consumo deve ser feito entre os intervalos e nunca durante para não comprometer a absorção dos nutrientes”, diz.
Outra fonte de hidratação recomendadas pela nutricionista são as frutas. “As mais aconselhadas são coco verde (em especial a água de coco, que é rica em potássio), laranja, melancia e melão. Por serem compostas basicamente de água, são as que mais têm efeito positivo no auxílio à hidratação. Só para se ter uma ideia, a melancia tem grande concentração de água, são 92% da fruta; enquanto o melão tem cerca de 90% de água”, explica. “As frutas são ainda ricas em vitaminas e minerais, que colaboram para manter a hidratação, inclusive a da pele”, complementa.
Cansaço e indisposição também podem ser se tornar mais frequentes, principalmente quando a seca vem combinada com temperaturas mais altas, observa a nutricionista. “O ideal é dar preferência para refeições mais leves, com verduras, legumes, alimentos que tenham uma digestão mais fácil”, recomenda Rita. Aliás, há também alimentos específicos que podem contribuir para amenizar os efeitos do tempo, orienta a nutricionista. “Alguns alimentos ricos em enxofre ajudam a descongestionar as vias respiratórias nesses dias secos do ano, pois evitam o muco provocado pela poluição. O enxofre, junto com o consumo de água, torna mais fácil a eliminação desse muco nas vias respiratórias. Entre eles estão gengibre, cebola, alho, batata doce, salinha e cebolinha”, esclarece. A nutricionista pondera, contudo, que o importante, nestes casos, é que os alimentos não estejam bem cozidos, porque senão eles acabam perdendo os benefícios do enxofre.
Todos estes cuidados são importantes, pois, dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que as doenças respiratórias ocupam o terceiro lugar entre as maiores causas de morte no mundo.
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