Brasil
PM suspeito de matar baiano no DF após briga no WhatsApp é preso
Militar reformado foi detido pela Corregedoria da PM na noite deste sábado
10/09/2017 às 15h19, Por Kaio Vinícius
Acorda Cidade
O policial militar reformado José Arimatéia Costa, suspeito de matar o analista financeiro baiano Adilson Silva, 36, no Distrito Federal, foi preso na noite deste sábado (9) em Gama. A prisão foi feita pela Corregedoria da corporação.
Segundo o G1 DF, o policial quebrou o braço e passará por uma cirurgia. Ele deve ficar sob custódia no hospital e depois será levado à carceragem da corporação, perto do Complexo Penitenciário da Papuda.
Adilson foi morto a tiros na tarde de quinta-feira (7) em Samambaia, no DF, após discutir com um vizinho em um grupo de WhatsApp formado por moradores do condomínio. Ele foi baleado no tórax e morreu no apartamento onde morava.
A briga começou depois que o PM publicou uma foto no grupo acusando o vizinho de ter cuspido em sua janela. "Ô sem noção, que mora no 1803-A quando escovar seus dentes, vê se não cospe a meleca na casa dos outros, eu moro aqui no 1703-A e vir essa sujeira que cospiram lá de cima [sic]", escreveu.
Adilson Silva respondeu negando ser o autor do cuspe e chamou o vizinho para resolver a situação pessoalmente. "Meu amigo, tu tá ficando maluco, falando merda. Primeiro, olhe essa merda para depois falar. Me respeite, que educação eu tenho. Não vou escovar porra de dente em varanda. Olha sua porra direito, não fale merda que você não sabe", escreveu.
Em seguida, ele enviou um áudio. "Meu irmão, você tá a fim de resolver sua porra, você venha pra cá e fale, tá bom? Não venha pra cá botar porra de grupo. Você não sabe o que tá falando, não. […] Cheira essa desgraça aí e veja se é uma pasta de dente, rapaz! […] Suba aqui pra gente conversar", diz na gravação.
Minutos depois, vizinhos ouviram barulho de tiros. O policial tinha ido até o apartamento de Adilson, onde a briga prosseguiu. Segundo uma vizinha, eles entraram em luta corporal e, em seguida, o PM aposentado teria feito os disparos. A mulher e o filho de três meses do casal estavam presentes na hora do crime.
Um vídeo, divulgado pelo site Jornal de Brasília, mostra o que seria o momento da fuga de José Arimatéia do condomínio. Ele corre pelo estacionamento, entra em seu veículo e deixa o local.
Parentes em Cajazeiras
Em Salvador, familiares e amigos de Adilson estão transtornados e ainda tentam entender o que aconteceu. A mãe, que mora sozinha e está sendo amparada por amigos, não teve condições de falar. O único irmão de Adilson, Rogério Silva, está em Brasília resolvendo os trâmites para o traslado do corpo.
Antes de transferir-se para Brasília para trabalhar em uma empresa de engenharia, ainda em 2008, Adilson morava com a família no bairro de Cajazeiras. Foi em Brasília que se formou em administração e galgou empregos cada vez melhores. Amiga de Adilson há mais de 15 anos, Jocarla do Vale foi tranferida para o Distrito Federal praticamente junto com amigo. "Eu voltei e ele permaneceu em Brasília. Conheceu a esposa nos útimos anos, com quem teve um filho. O bebê tem três meses de vida" conta.
Fonte: Correio 24h
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