Dados mostram que mulheres são maioria no ensino superior

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O perfil dos alunos inscritos na edição do ano passado do Exame Nacional de Desempenho do Estudante, o Enade, é marcado pela presença feminina. Os dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Inep (MEC) mostram também que os jovens entre 22 e 25 anos são maioria no exame. Em um universo de 216 mil alunos, eles representam quase 85 mil alunos concluintes em 2016, sendo que 60 mil são mulheres nessa faixa etária.

Os estudantes são, na maioria, solteiros, representando 74,4% do total, e a maioria se declara de cor branca. Apenas 8,6% dos alunos se declararam negros e 0,4% indígena. A renda familiar da maioria é de até três salários mínimos, com as despesas bancadas pela família. Mais de 56% dos que responderam ao questionário, que é obrigatório, afirmaram não estar trabalhando. Ainda de acordo com o questionário, quase 62% dos estudantes disseram ser os primeiros na família com curso superior.

A maioria dos alunos concluintes nos cursos do ano passado do Enade afirmou que ingressou no curso por alguma ação afirmativa ou de inclusão social, foram quase 80%. Desses, 35,4% disseram ter entrado no ensino superior por terem estudado em escola pública ou com bolsa em escola privada. Somente 7% disseram ter ingressado por critério étnico-racial.

Em casa, os estudantes revelaram que as mães são as que mais conseguiram avançar nos estudos. São 16,5% das mulheres com alguma graduação contra 14,6% dos homens. Com pós-graduação, são 9,7% de mulheres e 5,2% de homens. A maioria dos pais e mães estudou até o ensino médio.

Na edição de 2016 do Enade, foram avaliados 4.300 cursos de graduação na área da saúde e ciências agrárias. O curso com o maior número de participantes e inscritos foi o de Enfermagem, seguido de Serviço Social.

As provas de 2017 serão aplicadas em 26 de novembro.