Polícia
Policiais civis podem não aderir à escala do carnaval de 2018
O presidente do Sindipoc destacou que todos os policiais civis do estado estão juntos lutando pelas melhorias na categoria e que o sindicato vai fazer reuniões para fazer frente a essa mobilização em todo o estado.
16/08/2017 às 14h23, Por Maylla Nunes
Acorda Cidade
O Sindpoc (Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado da Bahia) iniciou, nesta semana, campanha no Estado para que os policiais assinem o "Requerimento de Desistência" relativo à prestação de serviço durante o carnaval baiano de 2018. O presidente do sindicato, Marcos Maurício, informou ao Acorda Cidade que a categoria tem várias reivindicações e entre elas está as horas-extras pagas durante o carnaval. Segundo ele, o valor está abaixo do que diz a lei.
“A lei determina um valor que é o dobro do que é pago atualmente. Se o governo não atender as reivindicações, nós não vamos paralisar as delegacias, mas estamos requerendo ao estado, já que os valores pagos pela diária durante o carnaval estão pela metade, não queremos mais trabalhar em carnaval”, afirmou.
Além da diária do carnaval, o sindicalista informou que a categoria reivindica também a questão da promoção. De acordo com ele, os policiais estão pedindo a promoção desde 2014, mas até o momento não recebeu nenhuma resposta do governo.
“Já fizemos mobilização, paralisação, mandamos ofício há quatro meses ao governador e ele respondeu que iria sair um decreto, mas até agora não tivemos acesso a esse decreto”, disse.
Um terceiro ponto citado por Marcos Maurício é a questão da reestruturação da carreira. Ele destaca a importância da atividade desempenhada pela Polícia Civil e afirmou que os policiais civis passam por uma situação muito difícil na Bahia.
“O salário está perdendo o poder de compra. Estamos há dois anos sem receber o aumento linear, estamos há seis anos pedindo a reestruturação da carreira pra colocar o salário do policial civil compatível com o trabalho dele e até agora o governo do estado não se sensibilizou com essa situação. O trabalho do policial civil é muito importante, de investigação criminal. A situação é muito crítica, a cada 100 homicídios só conseguimos elucidar no máximo cinco. Isso é muito complicado e temos que fazer uma modificação do modelo. Estamos trabalhando na cara e na coragem, pois não temos condições de trabalho”, afirmou.
O presidente do Sindipoc destacou que todos os policiais civis do estado estão juntos lutando pelas melhorias na categoria e que o sindicato vai fazer reuniões para fazer frente a essa mobilização em todo o estado.
“O governo do estado tem tentado dividir o movimento, mas não vai consegui, pois estamos tratando das reivindicações da categoria, como um todo”, defendeu.
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