Feira de Santana

Ex-trabalhadores da Plascalp fazem manifestação e pedem que Justiça do Trabalho libere pagamento de processos trabalhistas

A empresa já depositou 10 milhões referente ao pagamento dos ex-funcionários.

19/07/2017 às 09h54, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Na manhã desta quarta-feira (19), ex-trabalhadores da empresa Plascalp foram até a Justiça do Trabalho em Feira de Santana e fizeram uma manifestação na Avenida João Durval solicitando que a justiça libere o pagamento de cerca de 10 milhões de reais que já foram depositados pela empresa referente a processos trabalhistas.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Paula Vilela, membro do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química, Petroquímica, Plástica, Farmacêutica do Estado da Bahia (Sindiquímica) explicou que a empresa Plascalp fechou há dez anos e como não estava pagando os salários dos trabalhadores, muitos resolveram realizar o pedido de demissão voluntária. No entanto, mesmo com o pedido, os funcionários não receberam os seus direitos trabalhistas.

“A gente quer pedir que a justiça libere os 10 milhões que estão depositados na conta da justiça e esses dez milhões são para pagar uma parte dos trabalhadores que têm processo contra a Plascalp, motivado pelo pedido de demissão voluntária que fizemos na época porque não pagaram os salários nem nada. Isso aconteceu em 2007 e já perdemos pais e mães de família, já perdemos vários colegas de trabalho e a justiça está sendo passiva de certa forma com a Plascalp. Há 10 milhões depositados há mais de um ano e diga-se de passagem não é nem um terço da dívida que empresa tem com os trabalhadores”, afirmou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo Paula, em dez anos do fechamento da empresa muitos funcionários não conseguiram retornar para o mercado de trabalho. Muitas pessoas ficaram lesionadas e até hoje aguardam o pagamento da dívida por parte da empresa. Ela informou que a empresa quer renegociar o acordo e os ex-funcionários não aceitam isso.

“A empresa quer refazer o acordo através do embargo e negociar abatendo 20% do que deve. Não tem mais acordo. O acordo já está realizado e então que seja cumprido”, enfatizou.

O advogado Almir Queiroz explicou que desde maio de 2016 houve um acordo com os ex-empregados e o grupo econômico Plascalp. Este acordo vem sendo cumprido e os depósitos têm sido mensais. A dívida da empresa é cerca de 40 milhões de reais e já existe a disposição da Justiça do Trabalho o valor de 10 milhões.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A dificuldade em realizar o pagamento aos ex-funcionários, de acordo com Almir, se deve ao fato da empresa Plascalp ter recorrido ao processo e feito impugnações solicitando novos cálculos. Até o dia 25 de julho será divulgado o resultado dessas impugnações.

“A Plascalp voltou ao processo com impugnações genéricas aos cálculos e isso tem dificultado o início do pagamento. Até o dia 25 de julho será divulgado esse resultado e esperamos que na audiência possa ter o desfecho final para que efetivamente possa acontecer o pagamento dos trabalhadores”, declarou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
 

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