Saúde

Especialista aponta questões importantes no uso de medicamentos

O Brasil é um dos maiores consumidores de medicamentos do mundo.

04/07/2017 às 09h14, Por Kaio Vinícius

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A automedicação ainda é uma realidade no Brasil. O País é um dos maiores consumidores de medicamentos do mundo, com cerca de 3,3 farmácias para cada 10 mil habitantes, de acordo com a Federação Brasileira das Redes Associativas de Farmácia. Com tanta oferta, o uso irracional dos medicamentos tornou-se frequente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade dos pacientes utiliza os medicamentos de maneira inadequada. Um dos fatores que podem gerar essa má utilização é a automedicação.

Conforme o último levantamento do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico do ICTQ, sete em cada 10 brasileiros afirmam automedicar-se por não confiar no médico ou não querer ir ao pronto-socorro.

O cardiologista e professor do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina (FASM) Ricardo Casalino ressalta ser fundamental mobilizar a classe médica e a população para debater essa questão. Segundo levantamento da Croma Marketing Solutions, que entrevistou três mil compradores, 33% das pessoas dizem comprar remédios online, sendo que o índice cresce para 48% quando a questão é a intenção de compra futura.

O médico ressalta que o uso de medicamentos deve ser baseado em preceitos curativos ou preventivos. “Alguns medicamentos são usados para controlar doenças como hipertensão, diabetes e dislipidemias (aumento do colesterol e/ou do triglicérides). Apesar de benéficos nas respectivas doenças, todos os medicamentos apresentam efeitos colaterais indesejáveis, que podem prejudicar a saúde do usuário”.

Para evitar tal evento adverso, Dr. Ricardo alerta que a consulta médica, na qual o profissional analisa os fatores de riscos e hábitos de vida, alimentação, atividades físicas, padrão de sono, nível de estresse e histórico familiar, é essencial para a prescrição correta de medicamentos, minimizando seus efeitos colaterais. “Tomar medicação comprada na internet ou em farmácias, sem a prescrição do médico, expõe o usuário a efeitos indesejáveis, que poderiam ser evitados com uma simples consulta”.

Para ajudar a população, o especialista listou alguns exemplos clássicos de medicações que, sem prescrição médica, podem ser prejudiciais:

– Remédios emagrecedores: podem causar elevação da pressão e arritmias.

– Remédios para dor: problemas renais e hepáticos.

– Suplementos esportivos e nutricionais: problemas como pedras no rins e gastrites.

“Esses exemplos são apenas alguns alertas para que o usuário tenha consciência e muita cautela antes de comprar uma medicação sem orientação profissional. Deve-se lembrar que a formula para a vida saudável não está em nenhuma medicação propriamente dita, mas sim em um estilo de vida saudável, feliz e com boa alimentação”, salienta o cardiologista.

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