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Mudança climática poderia aumentar degelo na Antártida em 25% até 2100

Para a especialista Jasmine Lee, diferentemente de estudos anteriores, que se concentraram na redução da capa de gelo e em seu impacto no aumento do nível do mar, esse novo trabalho analisa os efeitos na biodiversidade do continente.

29/06/2017 às 10h43, Por Kaio Vinícius

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Agência EFE – O fenômeno da mudança climática poderia aumentar em 25% a área livre de gelo na Antártida até o fim deste século, o que provocaria efeitos drásticos na biodiversidade do continente, informaram nesta quinta-feira (29) fontes oficiais.

A área sem gelo representa atualmente 1% da superfície do Continente Polar – cuja extensão total é de aproximadamente 14 milhões de quilômetros quadrados -, local onde se concentra quase toda a sua fauna e flora.

Uma pesquisa da Divisão Antártica Australiana (AAD, a sigla em inglês), a primeira a investigar o impacto da mudança climática nas áreas sem gelo da Antártida, prevê que esses terrenos aumentarão até se unir. O trabalho foi publicada hoje pela revista Nature.

O pesquisador da AAD Aleks Terauds disse que as previsões indicam que o desaparecimento do gelo em 2100 fará com que surjam aproximadamente 17.267 quilômetros quadrados de terreno, o que representa aumento de quase 25%.

"Isso oferecerá novas áreas de expansão para espécies nativas, mas também poderá atrair espécies invasoras e, em longo prazo, levar à extinção das espécies nativas menos competitivas", disse Terauds em comunicado da AAD.

Segundo o especialista, o degelo afetaria principalmente a Península Antártica e a Costa Leste do continente.

Para a especialista Jasmine Lee, diferentemente de estudos anteriores, que se concentraram na redução da capa de gelo e em seu impacto no aumento do nível do mar, esse novo trabalho analisa os efeitos na biodiversidade do continente.

Lee lembrou que as atuais áreas sem gelo variam de 1 quilômetro quadrado até milhares e são importantes berçários para focas e pássaros marinhos, além de acolher invertebrados, fungos e líquens endêmicos.

A pesquisa foi apresentada ao Comitê para a Proteção Ambiental durante a reunião consultiva do Tratado Antártico, realizada em maio na China.

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