Polícia
Quadrilha desarticulada pelo DCCP aplicou golpe de R$ 5 milhões
Segundo a polícia, os criminosos, presos na manhã desta terça-feira (20), lucravam entre dez e 35 por cento do valor de cada contrato fraudulento
21/06/2017 às 10h53, Por Maylla Nunes
Acorda Cidade
Com as prisões de dois empresários e seis corretores de empréstimos, ocorridas na manhã de terça-feira (20), em cumprimento a mandados de prisão temporária, o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) desmantelou um esquema fraudulento de empréstimos consignados, que gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 5 milhões a diversos bancos privados.
O diretor do DCCP, delegado Élvio Brandão recebeu a imprensa, na tarde de ontem, na sede da Polícia Civil, na Piedade, acompanhado dos delegados Delmar Araújo e Adailton Adan, para contar os detalhes da ação, batizada de Operação Kickback, que cumpriu oito mandados de prisão e 14 de busca e apreensão.
Segundo a polícia, os empresários Adailton de Jesus Silva, de 40 anos, e Genivaldo Santos Monteiro, 44, e os corretores de empréstimos Ademilson de Assis Costa, 37, Agnaldo Floriano dos Santos, 64, André Luiz Silva Figueiredo, 42, Fábio Rodrigues de Oliveira, 37, Felipe Vila Verde Silva, 26, José Jorge Ferreira Ramos, 55, Rosilene da Cruz Silva, 51, vão responder por organização criminosa e estelionato.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros da Boa Vista de São Caetano, Praia Grande, Plataforma, Matatu, Trobogy e Jauá. Nesses locais, os policiais encontraram celulares, computadores, pendrives e diversos documentos e extratos bancários, que serão encaminhados para a perícia.
A investigação revelou que o grupo utilizava dados de servidores públicos estaduais e federais, temporários ou estatutários para solicitar empréstimos consignados, falsificando valores de margem, prazos de contrato de trabalho ou a idade dos clientes, para conseguir valores maiores de crédito.
No caso dos servidores temporários, o contrato terminava antes que o empréstimo fosse quitado e o banco não tinha mais como realizar o desconto em folha. Os servidores, já identificados, que aceitaram participar do golpe, mesmo sabendo que não poderiam quitar o débito, também vão responder por estelionato. Os criminosos lucravam entre dez e 35 por cento do valor de cada contrato fraudulento.
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