Política

Após derrubar ações do caso Cachoeira, Demóstenes vai pedir ao Senado que anule cassação

Desde que o STF invalidou, em outubro do ano passado, as gravações das operações Monte Carlo e Vegas, que o arrastaram para fora do Senado, o ex-senador articula na política e na Justiça a recuperação do direito de se candidatar.

20/06/2017 às 10h25, Por Brenda Filho

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O ex-senador Demóstenes Torres (GO) quer anular o processo de cassação no Senado que o tornou inelegível até 2027 para voltar a disputar as eleições já em 2018. Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) invalidou, em outubro do ano passado, as gravações das operações Monte Carlo e Vegas, que o arrastaram para fora do Senado, o ex-senador articula na política e na Justiça a recuperação do direito de se candidatar. Para que isso aconteça, será preciso, primeiro, reverter a cassação por suas relações com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mudança inédita que parece pouco provável de acontecer em uma Casa onde deixou poucos amigos desde que caiu em desgraça e que convive com o desgaste de ter suas principais lideranças sob investigação. Na semana passada, o ex-líder do DEM no Senado ficou livre do processo criminal a que respondia por seu envolvimento com Cachoeira. O Tribunal de Justiça de Goiás seguiu o entendimento do Supremo de que, com a invalidação das gravações consideradas ilícitas, não havia como responsabilizá-lo pelos crimes de corrupção passiva e advocacia administrativa (patrocínio de interesse privado perante a administração pública), atribuídos a ele pelo Ministério Público. O pedido para que o Senado revisse a cassação já estava pronto quando o ex-senador apareceu na lista dos mais de 400 políticos apontados pela Odebrecht como beneficiários de repasses milionários do grupo. Na relação, ele tinha o curioso apelido de “Íntegro”. Dono de um discurso radical contra a corrupção e outros desmandos na política, o procurador de Justiça goiano encarnou esse papel nos quase dez anos em que exerceu o mandato no Senado até cair em grampos telefônicos e se tornar o segundo senador a ser cassado pelos colegas na história brasileira, em julho de 2012. Leia mais no Congresso em Foco

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