Economia
SPC: 58% dos consumidores planejam reduzir gastos em junho
Segundo a pesquisa, os principais motivos são a tentativa de economizar (23%), os preços mais elevados (18%), o fato de estarem endividados (15%) ea redução de renda (10%).
07/06/2017 às 13h52, Por Maylla Nunes
Acorda Cidade
Agência Brasil – Os consumidores que planejam reduzir os gastos em junho chegam a 58%, de acordo com o Indicador de Propensão ao Consumo, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).
Segundo a pesquisa, os principais motivos são a tentativa de economizar (23%), os preços mais elevados (18%), o fato de estarem endividados (15%) ea redução de renda (10%).
A maior parte dos entrevistados diz que não tem sobra nem falta de dinheiro (42%) e 37% dizem estar no “vermelho”, sem conseguir pagar todas as contas. Somente 15% dizem estar com sobra de dinheiro. Excluindo itens de supermercado, na lista dos produtos que os consumidores pretendem comprar em junho, roupas, calçados e acessórios foram citados por 23%. Em seguida, aparecem os itens de farmácia (22%), recarga de celular (18%) e perfumes e cosméticos (13%).
“A quantidade de consumidores no limite de seu orçamento pode ser reflexo da crise econômica, mas também não se pode desconsiderar a falta de organização financeira, que leva ao acúmulo de dívidas e a todas as consequências que decorrem do aperto, como o stress e até o desentendimento familiar”, afirmou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “O tempo que o consumidor passa cuidando de suas finanças pode determinar se, no final do mês, ele estará em aperto e em dificuldades ou com as contas em dia.”
O levantamento também apontou que 42% dos consumidores utilizaram algum tipo de crédito em abril. O cartão de crédito foi a modalidade mais usada (36%), seguido de cartão de loja e crediário (14%) e limite do cheque especial (6%). Houve também utilização de empréstimos (4%) e financiamentos (3%), modalidades com critérios de concessão mais rigorosos.
Entre os consumidores que usaram o cartão de crédito em abril, 36% relataram aumento do valor da fatura, enquanto que para 38%, o valor permaneceu o mesmo, e para 25% houve diminuição.
O valor médio reportado foi de R$ 917,30, desconsiderando-se os 30% que não souberam responder exatamente quanto gastaram no cartão. Os itens de supermercado lideraram a lista de bens comprados, citados por mais da metade desses entrevistados (59%). Em seguida, 58% mencionaram a compra de remédios e itens de farmácias.
Para Marcela Kawauti, uma forma de evitar o desequilíbrio é não contratar um limite que comprometa toda a renda.
“O consumidor com dificuldades de exercer o autocontrole na hora das compras deve evitar limites muito altos. Se o valor da fatura for igual ou próximo à sua renda, são grandes as chances de esse consumidor acabar no rotativo, pagando juros que excedem 400% ao ano”, afirmou.
A maior parte dos entrevistados (46%) disse que é difícil ou muito difícil contratar empréstimos e financiamentos no banco, enquanto apenas 16% avaliam como fácil. Um quinto (21%) dos consumidores afirmou que, em abril, teve crédito negado em alguma loja, sendo que 9% foram barrados por estarem negativados, 4% devido à renda insuficiente e 3% por não poder comprovar a renda.
De acordo com o indicador do SPC Brasil e da CNDL, 47% dos consumidores que têm essas modalidades de crédito ativas atrasaram o pagamento de parcelas, sendo que 18% ainda estão com parcelas atrasadas.
Para economista-chefe do SPC Brasil, se o empréstimo não visa a cobrir uma necessidade emergencial, pode ser o caso de esperar mais um pouco para tomá-lo.
“Convém analisar a real necessidade de assumir um compromisso que, muitas vezes, só acaba depois de anos. Se o objetivo é a realização de um sonho de consumo, o mais prudente é constituir, antes, uma reserva financeira com esse propósito. Já se o objetivo for o pagamento de dívidas, o consumidor deverá optar por condições mais favoráveis, com juros menores e um plano de pagamento que caiba no seu orçamento. Caso contrário, pode cair no endividamento novamente”, disse Marcela.
Mais Notícias
Economia
Leilão concede empreendimentos de transmissão de energia em 14 estados
Previsão é que sejam investidos R$ 18,2 bilhões em 69 empreendimentos
29/03/2024 às 06h48
Economia
Banco do Nordeste soma R$ 1,7 bilhão em investimentos voltados para cadeias produtivas
Os investimentos foram destinados a atividades econômicas no Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste (Prodeter).
28/03/2024 às 13h06
Economia
Brasil registra superávit de US$ 2 bilhões na balança comercial da 4ª semana de março
Levando-se em conta o acumulado do ano até a quarta semana de março, as exportações cresceram 5,5% e somaram US$...
26/03/2024 às 14h18
Economia
Declaração do MEI: contador esclarece dúvidas importantes para evitar penalidades
Contador explica o que pode ocasionar na hora de declarar os rendimentos anuais e esclarece que IR não pode...
26/03/2024 às 07h20
Economia
Governo da Bahia e Banco do Brasil vão implementar primeiro CCBB do Norte-Nordeste
O Palácio da Aclamação foi cedido ao CCBB e vai passar por adequações, o governo baiano irá assumir as obras...
23/03/2024 às 07h20
Economia
Relatório corta R$ 9,49 bi de receitas com limite a incentivos do ICMS
Restrição a compensações tributárias garante receitas de R$ 168 bi.
22/03/2024 às 19h41