Feira de Santana

Insatisfeitos, servidores do Hospital Especializado Lopes Rodrigues fazem protesto

Os servidores se posicionaram na Avenida Presidente Dutra e interromperam o trânsito por cerca de 10 minutos.

17/05/2017 às 15h44, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

Um grupo de servidores dos setores de saúde e administrativo do Hospital Especializado Lopes Rodrigues realizou um protesto na manhã desta quarta-feira (17) no portão que dá acesso àquela unidade hospitalar. Na lateral do portão de entrada, eles afixaram cartazes, onde constavam várias reivindicações. Em seguida, eles se posicionaram na Avenida Presidente Dutra e interromperam o trânsito por cerca de 10 minutos.

A enfermeira Elieuza Bacelar, uma das manifestantes, disse que os servidores estão vivendo um clima de insatisfação no Hospital Lopes Rodrigues. “A insatisfação está acontecendo devido a algumas distorções do ponto biométrico, o desrespeito com os funcionários que não podem apresentar nem um atestado, tem que pagar a carga horária se ficar um minuto a mais no médico. Isso é um desrespeito”, disse.

Além disso, a enfermeira reclama de mudanças que vêm acontecendo na unidade e que, segundo ela, não são discutidas com os trabalhadores. “De repente a gente chega na unidade e descobre que vai mudar, inclusive para unidades inadequadas com a junção de pacientes crônicos agudos com idosos, o que causa um risco para os pacientes idosos que são fragilizados. Eles também colocam grades em uma unidade que comportava apenas um serviço e agora comporta dois”, afirmou.

A enfermeira Elieuza Bacelar afirmou que a alegação da direção sobre as mudanças na unidade, é contenção de despesa. Porém, ela questiona e fala em aumento da contração de terceirizados. “Isso é um desrespeito com os profissionais concursados da unidade. Com o encharcamento de terceirizados, causando um problema sério no cuidar do paciente e também na atenção com os trabalhadores da unidade”, declarou.

Sobre o fechamento do Hospital Lopes Rodrigues, Elieuza Bacelar se posicionou contra e disse que até o momento, os trabalhadores não foram ouvidos sobre a questão. “Vários pacientes do interior da Bahia recebem uma atenção maior aqui no Lopes Rodrigues. O único local que tem para atender esses pacientes é aqui e quando chegam o pessoal manda ir para o Caps, mas a rede de saúde mental ainda não está totalmente estruturada na Bahia. Com essa ideia de que o hospital vai fechar, o atendimento no Lopes Rodrigues está fragilizado”, lamentou.

Reginaldo Ribeiro, que é servidor do Lopes Rodrigues e diretor do Sindsaúde, confirmou os problemas citados pela enfermeira e falou sobre outras reivindicações da categoria. “Há uma insatisfação devido a muitas coisas que estão acontecendo dentro do hospital. Além disso, existe a questão salarial do servidor, já são três anos sem reajuste, tem a questão da revisão do plano de carreira que está parada, então é uma série de coisas que gera a insatisfação”, afirmou.

Fotos: Ney silva/Acorda Cidade
 

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