Bahia

Retirada de escombros de casarão que desabou e matou 3 é suspensa por risco de queda de fachada

Informação foi divulgada na quinta-feira (11) pela prefeitura da cidade.

12/05/2017 às 09h26, Por Rachel Pinto

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A retirada dos entulhos de um casarão de desabou sobre o imóvel vizinho, deixando três pessoas da mesma família mortas, na Ladeira da Soledade, no bairro da Lapinha, em Salvador, foi suspensa na quinta-feira (11).

Segundo a prefeiura da cidade, a suspensão foi determinada pela Defesa Civil (Codesal) e pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), até que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) decida como vai ser feita a estabilização das fachadas.

Isso porque, conforme técnicos dos órgãos, durante a retirada do material constatou-se que as estruturas apresentam perigo de queda. O Ipac havia autorizado, no dia 27 de abril, que a prefeitura de Salvador retirasse os escombros, no entanto, pediu a preservação da fachada do casarão que desabou.

A retirada dos entulhos foi iniciada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) na manhã de quarta-feira (10), 15 dias após a tragédia. A previsão era de que o serviço fosse concluído até a segunda-feira (15), quando também a ladeira deveria ser liberada para o trânsito.

O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do Ipac, nesta quinta, para saber como deverá ser feita a estabilização das fachadas e até quando isso deve ser realizado, e aguarda um posicionamento do órgão.

Ainda de acordo com a prefeitura, a Escola Estadual Carneiro Ribeiro que fica perto do casarão que desabou, permanece interditada.

Investigação

O homem apontado pela polícia como dono do casarão foi indiciado por homicídio culposo e lesão corporal. A informação foi passada ao G1 pelo delegado Luiz Henrique Ferreira, que é titular da 2ª Delegacia Territorial (DT/Lapinha) e investiga o desabamento. De acordo com o delegado, o inquérito foi encaminhado para a Justiça na terça-feira (9) e aponta que o desabamento foi causado por falta de manutenção, agravado pela chuva.

Segundo o delegado Luiz Henrique, todas as provas coletadas durante a investigação apontam que o suspeito, identificado como José Ivo da Costa Santos, de 63 anos, é dono do casarão e, por isso, era reponsável pela manutenção do imóvel. "Tudo o que foi coletado nos levou essa decisão. Ivo se apresentava como dono do imóvel perante à comunidade e prefeitura", disse.

No dia 26 de abril, dois dias após a tragédia, José Ivo da Costa compareceu à 2ª DT e, em depoimento, negou que fosse dono do casarão. Segundo o delegado Luiz Henrique, o suspeito disse que seria apenas um intermediário, em caso de negociações para uma possível venda do imóvel. O suspeito foi ouvido e liberado. De acordo com o delegado, o inquérito será analisado pela Justiça, que irá determinar se o José Ivo permanecerá em liberdade.

Mortes

O desabamento ocorreu no dia 24 de abril. O casarão caiu sobre uma residência onde estavam cinco pessoas da mesma família.

O idoso José Prospero Deminco, de 73 anos, e os filhos dele, Ana Paula Carreiro Deminco, de 34, e Paulo Ricardo Carneiro Deminco, de 44, foram soterrados pelos escombros do casarão e morreram.

Além deles, outra filha do idoso, identificada como Simone Deminco, e o filho dela, um adolescente de 13 anos, também estavam na casa, mas sobreviveram.
 

Fonte: G1

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