Feira de Santana

Mais de 70% dos trabalhadores dos Correios estão parados em Feira, diz sindicato

Segundo o sindicalista Everton Brito, não existe previsão de quando essa greve deve terminar.

28/04/2017 às 16h54, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Os trabalhadores dos Correios em Feira de Santana aderiram a paralisação nacional por tempo indeterminado e segundo o sindicato, mais de 70% da categoria está parada na cidade. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Sincotelba), Everton Brito, informou que a paralisação é para reivindicar contra o fechamento de 200 agências no Brasil, sendo 47 na Bahia, a cobrança de um valor alto pelo plano de saúde, além da questão da entrega das correspondências, que, segundo ele, o carteiro faz a entrega alternada nos bairros, gerando prejuízo para a população.

“Fizemos uma assembleia na quinta-feira e entramos nessa greve nacional, onde a Bahia vem lutando pelo direito dos trabalhadores. A população está sendo totalmente prejudicada, pois em Feira de Santana mais de 70% dos trabalhadores aderiram a greve e apenas situações emergenciais estão sendo atendidas, a exemplo de entrega de medicamentos e produtos perecíveis. Temos uma carta aberta, que passamos para a população explicando nossa luta. Algumas pessoas criticam a greve, mas de modo geral, temos apoio da população”, afirmou.

Segundo Everton Brito, não existe previsão de quando essa greve deve terminar. “Estamos aguardando o convite da empresa para a negociação. Estamos a disposição e quanto mais rápido melhor, pois a greve não é boa para a população e nem para o carteiro, que fica com o trabalho acumulado”, disse.

Sobre reclamações da população na entrega de correspondências na cidade, o sindicalista informou que na cidade existem 117 carteiros e que o número não atende a demanda da cidade. “Houve um concurso em 2011 onde 1.300 pessoas já fizeram o último teste para ser convocados, mas a empresa não convocou e o número atual de carteiros não atende a demanda. Existem vagas abertas nos Correios e as pessoas não são convocadas”, informou.

Por meio de nota os Correios informaram que "apesar de a greve ser um direito do trabalhador, a empresa esclarece que está cumprindo todas as cláusulas do Acordo Coletivo vigente e que considera a paralisação, neste momento delicado pelo qual passam os Correios, um ato de irresponsabilidade, uma vez que está e sempre esteve aberta ao diálogo com as representações dos trabalhadores".

Ainda por meio de nota, os Correios "esclarecem, ainda, que o movimento sindical reivindica, entre outras medidas, a reforma da Previdência e Trabalhista, que são temas de cunho constitucional e de políticas governamentais dos quais os Correios não possuem governabilidade, não havendo qualquer possibilidade de tais temas serem objetos de pautas de negociações entre a empresa e as entidades representativas dos empregados".

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
 

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