Feira de Santana

Secretário diz que Sintrafs desrespeitou a população em não garantir 30% da frota de ônibus nas ruas

A Procuradoria Geral do Município vai ingressar ainda hoje com uma ação na Justiça do Trabalho para que sejam apuradas responsabilidades em relação à falta de transporte público nesta sexta-feira em Feira de Santana.

28/04/2017 às 11h40, Por Rachel Pinto

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Ney Silva e Rachel Pinto

O secretário municipal de transportes e trânsito, Pedro Boaventura, lamentou a atitude do Sintrafs (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Feira de Santana) em não garantir que 30% da frota de ônibus urbano, aproximadamente 70 ônibus, rodassem normalmente na manhã desta sexta-feira (28) conforme acordo assinado pelo presidente da entidade Alberto Nery.

“Isso não poderia acontecer. Foi um desrespeito ao cidadão. Desde as primeiras horas desta manhã estivemos nas empresas juntamente com o pessoal do Via Feira, que estava pronto para liberar os ônibus. Mas, infelizmente, estou tendo que notificar as empresas para que apresentem as suas razões e vou encaminhar à Procuradoria Geral do Município (PGM) para adotar as providências”, disse Boaventura.

Ele informou ainda que independente do prejuízo econômico e financeiro, para a cidade como um todo houve um desrespeito ao usuário do transporte, que foi para os terminais de ônibus e não pôde seguir para os seus destinos.

Na opinião do secretário, esse tipo de situação não cabe mais nos dias de hoje e existem outras maneiras de atuar. “No meu entendimento como cidadão eu não aceito um tipo de comportamento desse”, acrescentou Pedro Boaventura.

Sindicato alega que trabalhadores se negaram a trabalhar

O vice-presidente do Sintrafs explicou que o sindicato não cumpriu o acordo porque as empresas de ônibus não informaram quantos veículos iriam operar e que os rodoviários se negaram a trabalhar. Ele pontuou que o sindicato está à disposição do Ministério Público (MP) para responder à ação judicial da Procuradoria Geral do Município sobre as responsabilidades em relação à falta do transporte público em Feira de Santana.

“Nós informamos que íamos colocar e que estariamos à disposição. Mas, as empresas não informaram a quantidade de veículos que elas operam em Feira de Santana. Nós precisaríamos ter essa lista na mão para aí a gente começar a administrar os 30%. Nós não negamos, mas infelizmente como não foi apresentada a lista está parada a frota. Não temos culpa se os trabalhadores não foram trabalhar. Todas as garagens não têm nenhum trabalhador. Os rodoviários se recusaram a trabalhar. Os trabalhadores não querem trabalhar porque estão perdendo todos os seus direitos.

Ação Judicial

A Procuradoria Geral do Município vai ingressar ainda hoje com uma ação na Justiça do Trabalho para que sejam apuradas responsabilidades em relação à falta de transporte público nesta sexta-feira, em Feira de Santana.

A medida está sendo anunciada pelo procurador-geral Cleudson Almeida. Segundo ele, o Sindicato dos Rodoviários descumpriu o compromisso e também a legislação, que obriga nesses casos a oferta de 30 por cento do pessoal em serviço, para não deixar a população completamente desassistida. 
 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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