Feira de Santana

Donos de paredões vão à Câmara contra projeto que proíbe estes equipamentos em locais públicos

De acordo com Paulo Vique, a intenção do grupo é mostrar que as pessoas que trabalham com equipamentos de som e organizam paredões são cidadãos de bem e que os eventos organizados por eles não têm relação com a criminalidade.

26/04/2017 às 10h46, Por Maylla Nunes

Compartilhe essa notícia

Daniela Cardoso

Um grupo com 11 proprietários de paredões de som e também de lojistas que trabalham com equipamentos de som compareceu na sessão da Câmara Municipal de Feira de Santana na manhã desta quarta-feira (26), onde conversaram com o vereador Roberto Tourinho, autor de um projeto de lei que visa acabar com paredões em locais públicos de Feira de Santana.

De acordo com Paulo Vique, a intenção do grupo é mostrar que as pessoas que trabalham com equipamentos de som e organizam paredões são cidadãos de bem e que os eventos organizados por eles não têm relação com a criminalidade.

“Pagamos nossos impostos e todos nós somos pais de família. O que esse vereador quer fazer é extinguir o som automotivo de modo geral. Não podemos pagar o preço pelas pessoas que usam indevidamente o som. Estamos aqui para mostrar que nós merecemos respeito. Viemos para mostrar nossa presença na Casa e a partir daí conversarmos com os vereadores para saber como será essa lei”, afirmou.

De acordo com Paulo, algumas pessoas promovem eventos e colocam o nome ‘Encontro de Paredão’, mas ele diz que na verdade não são. Segundo ele, quando são organizados eventos com paredão, os organizadores entregam ofício na secretaria de Meio Ambiente e, além disso, todas as normas de segurança são atendidas.

“Uma minoria quer acabar com nossa reputação. Mas nós gostamos desse ramo de som automotivo e vale salientar que é o mesmo som automotivo que nas campanhas de políticos são usados”, declarou.

Uiran Santos, que é proprietário de paredão e realiza vários eventos na cidade, afirmou que em Feira de Santana existem cerca de 60 paredões. Ele disse que esse setor movimenta a economia da cidade e que esses eventos são realizados desde 2010, sempre com ofícios através da secretaria do Meio Ambiente e da Polícia Militar.

“Os acontecimentos de violência que estão citando, a culpa não é do paredão e sim da criminalidade. O paredão não é ato criminoso, como muitas autoridades vêm falando. Os paredões para a gente são como um esporte e fazemos eventos em espaços particulares. A gente tem um grupo em rede social com várias pessoas e fazemos campanhas para os usuários saberem usar o som com responsabilidade. A gente sempre esteve em apoio ao Feira Quer Silêncio e não queremos que nosso esporte acabe, pois tem pessoas que trabalham corretamente”, defendeu.

Uiran Santos destacou que o objetivo da visita à Câmara de Vereadores é debater junto com os vereadores sobre a questão. Ele afirmou ainda que as pessoas que organizam os paredões querem um espaço público para a realização dos eventos.

“Queremos que esses eventos sejam realizados de forma tranquila e com segurança. Conversamos com Roberto Tourinho, ouvimos a proposta dele e percebemos que ele está querendo acabar com o paredão, mas queremos mostrar o lado positivo”, afirmou.

Leia também

Projeto quer acabar com paredões em locais públicos de Feira de Santana

Delegado diz que falta de regulamentação de 'paredões' favorece crimes e a violência contra a mulher

Cresce número de reclamações contra paredões em Feira de Santana

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade