Salvador

Polícia técnica faz perícia em casarão que desabou em Salvador; 3 morreram

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a 2ª Delegacia Territorial da Lapinha vai instaurar inquérito para apurar as causas e responsabilidades do desabamento.

25/04/2017 às 17h13, Por Maylla Nunes

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Agência Brasil – Após o desabamento de um casarão, que resultou na morte de três pessoas, em Salvador, uma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Polícia Civil realizou perícia no local, na manhã desta terça-feira (25). Imagens gravadas por vizinhos mostram que o muro de um casarão antigo e desabitado desabou sobre parte da casa vizinha, onde estavam as vítimas, por volta das 23h de ontem (24), na Ladeira da Soledade, Centro da capital baiana.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a 2ª Delegacia Territorial da Lapinha vai instaurar inquérito para apurar as causas e responsabilidades do desabamento. Vizinhos e sobreviventes serão ouvidos durante a investigação, que também vai avaliar o laudo que será emitido pela polícia técnica. A Polícia Civil não tem prazo definido para apresentar as conclusões da perícia.

As três pessoas que morreram são da mesma família e foram identificadas como Paulo Ricardo Carreiro Deminco, 44 anos, Ana Paula Carreiro Deminco, 34 anos, e José Próspero Deminco, 73 anos. Outros dois membros da família – Juan Deminco, de 12 anos, e Simone Carreiro, de 30 anos foram encaminhados para atendimento ao Hospital Geral do Estado e tiveram alta hoje (25).

Notificação

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, o dono do imóvel cujo muro desabou foi notificado pelos órgãos competentes sobre a situação da estrutura e o risco que apresentava. Após o acidente, as vítimas foram resgatadas por vizinhos e militares do Corpo de Bombeiros.

Em nota, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) informou que presta acompanhamento psicológico e social às vítimas e familiares e que já havia vistoriado o imóvel que desabou. À época, alertou os moradores das casas vizinhas a deixarem o local e determinou ao proprietário do casarão que "sustentasse a estrutura condenada" ou executasse “restauração com urgência”.

Como o casarão de arquitetura colonial era tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), a Codesal notificou também o Ipac sobre a necessidade de restauração do imóvel.

Em nota, a prefeitura de Salvador informou que "no caso de imóveis tombados, o diagnóstico, ao qual são adicionadas possíveis orientações para procedimentos de reparo, é encaminhado a um dos órgãos que cuidam do patrimônio histórico para que os devidos procedimentos preventivos, como escoramento ou restauração, sejam realizados com brevidade”.

De acordo com a Codesal, a capital baiana tem hoje cerca de 120 imóveis com estrutura condenada. A partir da avaliação, notificações são encaminhadas aos donos e órgãos responsáveis.

Até a publicação do texto, o Ipac não se manifestou sobre o acidente.

Escolas

Alguns encombros do imóvel que desabou atingiram o estacionamento do Colégio Estadual Carneiro Ribeiro, que teve as aulas suspensas a partir de terça-feira. Apesar de o estacionamento ficar do lado oposto ao pavilhão de aulas, a Secretaria de Educação vai aguardar um parecere da Codesal, garantindo a segurança dos alunos, para autorizar a volta às aulas.

A retirada dos escombros e demolição do resto do casarão condenado também podem comprometer o andamento das aulas. A secretaria disse ainda que, dependendo do laudo da Codesal pode realocar os alunos para outra escola.

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