Ceep retarda entrega de diplomas e prejudica estudantes

^{Daniela Cardoso e Ney Silva}

O Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep), antiga escola técnica do bairro Santa Mônica, em Feira de Santana, vem retardando a emissão dos diplomas de cursos profissionalizantes. Essa demora na entrega de diplomas está impossibilitando a contratação de estudantes por empresas de vários setores.

A estudante de edificações Carolina Barbosa Lima é uma das prejudicadas. Ela explica a situação. “A gente enfrenta uma dificuldade em pegar o certificado de final do curso, pois já cumprimos carga horária dentro do curso e também fora, que são os estágios, e isso dificulta pra gente começar a trabalhar. Muita gente está perdendo oportunidade de emprego por causa desse atraso do diploma”, afirmou.

O diretor do Ceep, Jorge Luiz Melo, explica os motivos da demora na expedição dos diplomas. “Estamos enfrentando alguns desafios nesse início de ano com relação à emissão desses certificados, pois para fazer essa emissão a gente deve encaminhar a lista dos estudantes concluintes, com e sem estágio curricular, para que a secretaria tenha ciência desses estudantes e só após a publicação desses nomes no Diário Oficial é que a gente pode emitir os diplomas do curso”, explicou.

Jorge Luiz Melo destacou que a demora na entrega dos diplomas é uma questão burocrática do próprio sistema. Segundo ele, do ponto de vista da escola, não há pendência nenhuma, já que todos os cursos estão reconhecidos e com seus planos autorizados pela Secretaria de Educação.

O diretor do Ceep disse que entrou em contato com a Secretaria de Educação e que foi informado que está havendo essa demora nas publicações dos nomes dos estudantes concluintes, por conta de uma fila de espera existente.

“Tem algumas outras publicações aguardando e a nossa lista está próxima de ser publicada, mas eles não deram um prazo. Houve um contingenciamento das despesas e o Diário Oficial teve o número de páginas reduzidas, então reduziu o número de publicações e está tendo a demora na nossa publicação da relação de concluintes”, disse.

Sobre a informação passada pelos estudantes de que os diplomas estavam demorando de ser entregues, devido a uma impressora quebrada, ele afirmou que o modelo do certificado é feito a mão.

“Antes tinha um modelo próprio de emissão de diplomas, que tinha o uso de uma impressora, só que a secretaria não reconhece mais esse diploma. Agora tem que ser em um papel timbrado em nome da Secretaria de Educação e a única coisa que fizemos foi adequar o modelo digital para que as informações fossem impressas em uma impressora jato de tinta, que já temos. Só precisamos inserir as informações e emitir os diplomas, mas pra isso, a gente precisa da publicação da relação dos nomes no Diário Oficial”, explicou.