Feira de Santana

Não podemos considerar a APLB como autora do delito na Câmara de Vereadores, diz delegada

Segundo a delegada Ludmila Vilas Boas, já foram identificados os autores da agressão e a representante da APLB foi intimada a depor na condição de testemunha.

23/03/2017 às 16h47, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

A diretora da APLB, sindicato dos professores, Marlede Oliveira, prestou depoimento no Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho, em Feira de Santana, para esclarecer o caso de agressão envolvendo manifestantes vestidos com a camisa do sindicato a um Guarda Municipal, na câmara de vereadores do município, durante a sessão que aprovou mudanças da alíquota da Previdência Municipal.

Segundo a delegada Ludmila Vilas Boas, já foram identificados os autores da agressão e a representante da APLB foi intimada a depor na condição de testemunha. “Apesar de vestidos com a camisa da APLB, eles (os autores) não são representantes legais da APLB. Então a gente não pode levar o sindicato como autor do delito porque é uma entidade de classe e não uma pessoa física, e ela estava aqui na condição de testemunha para esclarecer e nos ajudar a elucidar todo o episódio”, afirmou a delegada.

Ludmila Vilas Boas informou que Marlede narrou a questão da previdência e que os professores discordam do projeto encaminhado. “Contudo, quando se observou que o projeto encaminhado já havia sido votado na assembleia, ela disse que estava próximo ao vidro que divide a galeria e o plenário, próximo aos guardas municipais. Ela viu a cadeira passar em direção ao vidro e negou saber de onde partiu a agressão, mas nós já identificamos de quem se trata e vamos convocá-los para na próxima semana serem ouvidos e instaurar procedimento policial, concluir e remessar para a Justiça”, disse.

A delegada declarou ainda que está averiguando se houve dano ao patrimônio público, que é um dano qualificado, pois já se constatou que houve a lesão corporal ao guarda. Ludmila Vilas Boas observou que a conversa com Marlede foi amistosa. “Ela se comprometeu a reaver essas situações para que isso não volte a acontecer. Protestar todos podem, mas de forma pacífica e ordeira”, concluiu.

De acordo com a professora Marlede Oliveira, os trabalhadores protestavam contra dois projetos. Ela afirmou que a manifestação acontecia de forma ordeira, quando houve o tumulto.

“Lá são dois projetos. O 01 aumenta o tempo de enquadramento de três para seis anos, da mudança de referência e também a questão da saúde do trabalhador, que de dois anos baixou para seis meses. O outro projeto, que é o 02, aumenta a alíquota da previdência de 11 para 14%. O que eu coloquei aqui é que estávamos lá fazendo uma manifestação ordeira, teve o tumulto, e eu não vi quem jogou a cadeira”, reafirmou.

Ela lembra que a câmara estava superlotada e não tinha condições de controlar todos os participantes do movimento.

“Os manifestantes que estavam ali eram trabalhadores da educação e os servidores, que são adultos. A câmara estava superlotada. Eu estava bem na frente como iria controlar quem estava no fundo? Agora, a categoria é muito ordeira, sensata, nos ouve. Todas as decisões são votadas. Houve um tumulto provocado pela reação da polícia que estava no recinto e da Guarda Municipal, que estavam lá para que a gente não pudesse se aproximar, já que naquela câmara existe um vidro que separa o plenário da galeria”, declarou a representante da APLB.

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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