Feira de Santana

Coordenadora de estação climatológica fala sobre previsão de chuva para os próximos meses em Feira

A expectativa, segundo a coordenadora da estação, é que a partir da segunda quinzena de abril as chuvas comecem a cair.

22/03/2017 às 11h15, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

O longo período de estiagem em Feira de Santana tem preocupado a população, especialmente da zona rural, mas a região já viveu períodos piores. É o que afirma a coordenadora da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Rosângela Leal.  Em entrevista ao Acorda Cidade, ela relembrou épocas em que a seca foi pior, entre os anos de 1995 e 1997, e afirmou que as estiagens que atingem a região ocorrem em períodos cíclicos.

“Nós já tivemos secas muito piores, nos períodos entre 95 e 97, quando se tentou fazer bombardeamento das nuvens para tentar provocar chuva, e foi um período muito ruim. Logo depois começou um período muito chuvoso entre 2001 e 2005, e agora nós voltamos a esse período com essa intensa seca, lembrando que já faz uns quatros anos que não temos as chuvas de trovoada e as aguadas estão sem encher direito”, explicou a coordenadora da estação climatológica.

De acordo com Rosângela Leal, em 2014 e 2015, as chuvas de trovoada não aconteceram, e em 2016 elas vieram em janeiro. Esse ano, segundo ela, novamente não aconteceu. “De dezembro do ano passado a fevereiro deste ano choveu aproximadamente 6mm, isso é quase nada. Em março tivemos uma chuvinha muito pouca e até agora não estamos tendo chuvas e a condição do setor agropecuário está muito debilitada. Estamos esperando que em abril comecem as chuvas. Nós já tivemos alguns anos mais secos que só vieram cair chuvas em maio.”

Expectativa

A expectativa, segundo a coordenadora da estação, é que a partir da segunda quinzena de abril as chuvas comecem a cair. No entanto, Rosângela explica que, de acordo com a previsão do grupo de estudos da região Nordeste, da qual a estação climatológica faz parte, esse ano será muito seco e talvez só chova em maio.

“Esse ano está se configurando como um ano muito difícil, com chuvas abaixo da média. Caso chova em abril, neste período de outono e inverno, serão chuvas para a agricultura. São chuvas, geralmente, fracas, de baixa intensidade, mas são constantes. São para molhar o solo e possibilitar o desenvolvimento das plantas, e se continuarem, além de molhar o solo, vão para o lençol freático. São chuvas que não têm escoamento superficial, elas molham e infiltram. É a chuva ideal para a agricultura”, ressaltou.

Já com relação às temperaturas registradas nos primeiros meses de 2017, Rosângela Leal informou que, em janeiro, que geralmente é o mês mais quente, não houve temperaturas tão acentuadas como se esperava.
“Em janeiro, tivemos máximas em torno de 37 a 38 graus. E em fevereiro a temperatura começou a baixar, e o nosso verão não foi tão quente como antes. De repente, agora em março ela sofreu um aumento novamente. Mas apesar de não estar chovendo, estamos tendo muita nebulosidade e está muito úmido. E é uma sensação térmica muito desagradável estar quente e úmido”, avaliou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
 

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