Feira de Santana

Farmacêuticos feirenses se mobilizam contra implantação de curso à distância

A farmacêutica Talita Souza contou ao Acorda Cidade mais detalhes sobre essa mobilização e disse que os farmacêuticos de Feira de Santana estão unidos em uma ação coletiva.

17/03/2017 às 17h00, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Farmacêuticos de Feira de Santana estão se mobilizando contra a implantação do curso de farmácia à distância. O curso já foi autorizado em todo o Brasil pelo Ministério da Educação (MEC). Na Bahia serão oferecidas mais de três mil vagas. Em Feira de Santana, o Conselho Regional de Farmácia está se mobilizando e colhendo assinaturas de profissionais da área. Já organizou até um documento que vai ser levado ao (Ministério Público Federal) MPF para que o curso não seja implantado na cidade.

A farmacêutica Talita Souza contou ao Acorda Cidade mais detalhes sobre essa mobilização e disse que os farmacêuticos de Feira de Santana estão unidos em uma ação coletiva. De acordo com ela, o documento com as assinaturas da categoria contra a liberação dos cursos de farmácia à distância serão entregues ao Ministério Público na próxima semana.

“Recentemente o MEC liberou para o estado da Bahia 3.200 vagas. Daqui há cinco anos novos farmacêuticos estarão no mercado. Por se tratar de uma situação complicada para a profissão isso nos causou preocupação com o futuro desses profissionais que virão e com a qualidade que esses profissionais vão estar no mercado. Por se tratar de uma profissão bastante antiga no mercado, uma profissão que tem grande importância para a saúde, o farmacêutico hoje está inserido em várias classes, apoiando o médico, apoiando a classe de saúde em geral e baseado nisso os farmacêuticos de Feira de Santana montaram essa ação. Montaram essa peça para ser entregue não concordando com essa posição do MEC em liberar cursos de saúde à distancia, principalmente farmácia”, afirmou.

O delegado do Conselho Regional de Farmácia em Feira de Santana Thiago Borges, relatou que a entidade está dando apoio aos farmacêuticos para que o curso não seja implantado e reforçou o coro contra essa decisão do MEC. Segundo ele, a categoria é totalmente contra a implantação do curso de farmácia à distância, assim como qualquer outro curso na área de saúde.

“Não é um curso só técnico. É um curso que precisa de conhecimento prático de laboratório, é um curso difícil que o profissional vai aprender a lidar com vidas humanas. A inserção do trabalho farmacêutico tem uma vasta área de atuação e o farmacêutico não está só atrás de um balcão de uma farmácia, ele está responsável por diversas atividades na área de saúde. A formação farmacêutica é uma formação principalmente prática e nossa preocupação é como isso será feito em um curso a distância. O MEC exige que na formação acadêmica de farmácia se tenha as disciplinas ligadas a farmácia escola. Sem dúvida é um retrocesso e estão querendo formar profissionais de qualquer forma e não estão se preocupando como a população que está sendo assistida por esses profissionais”, pontuou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
 

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