Carnaval

Segundo dia de carnaval em Salvador homenageia 100 anos do samba

A homenagem ao samba foi lembrada no tema do bloco: Samba, a força de um canto. Puxando o bloco no trio, estiveram os músicos convidados: Xande de Pilares, do grupo Revelação; Délcio Luiz e Mosquito; além dos baianos Juliana Ribeiro e Grupo Bambeia.

24/02/2017 às 08h51, Por Kaio Vinícius

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Agência Brasil – As ruas do Campo Grande foram palco de uma noite em homenagem ao samba, hoje (23), no segundo dia de carnaval em Salvador. O tradicional ritmo brasileiro faz parte do calendário do carnaval soteropolitano em todas as quintas-feiras da folia do Rei Momo.

O conhecido e popular Circuito Osmar abriu a folia quando o bloco afro A Mulherada passou pela avenida, aos batuques do tambor. A força e a precisão em cada tambor foram mais uma forma de homenagear Dandara dos Palmares – heroína negra que representa a resistência contra a escravidão, no período escravocrata do Brasil – e ressaltar “a face feminina do empoderamento negro”, como dizia a faixa levada à frente das integrantes.

Trios sem cordas

Após a passagem do bloco A Mulherada, o cantor Leo Santana chegou à avenida com samba e pagode baiano. O músico trouxe ao público duas músicas que concorrem para ser a eleita do carnaval: Santinha e Maravilhosa é Ela. É a primeira vez que ele se apresenta sem cordas, no Circuito Campo Grande.

“Eu me sinto muito feliz, porque não tem aquela restrição de curtir só com o bloco, e hoje, aqui, todo mundo é um só. É muito gratificante para mim, como artista, estar fazendo bloco sem corda pela primeira vez aqui no circuito. Agradeço ao governo do estado por ter me dado essa oportunidade”, disse ao público, em cima do trio, durante o show.

Na avenida, uma multidão acompanhou o trio sem cordas, e os foliões aprovaram a ideia de poder curtir, de graça, sem ter de pagar por um bloco.

“Aproveitei o trio sem cordas para vir curtir, acho isso maravilhoso, porque inclui todo mundo na festa, na brincadeira. Aquele negócio de bloco, corda, causa confusão e segregação. Com democracia, todo mundo curte e se diverte mais ainda”, argumentou o estudante Lucas Martinez.

O bloco Amor e Paixão foi a quinta atração da noite, com homenagem à cozinheira e quituteira Alaíde da Conceição, popularmente conhecida como Alaíde do Feijão. Ela mesma esteve sobre o trio, ao lado dos músicos que comandaram a folia.

Noite de samba

Entre as atrações da noite, por volta das 22h, o bloco Alerta Geral trouxe uma multidão de apaixonados pelo samba. Milhares de foliões pintaram a avenida de branco com chapéus tipo Panamá – acessório característico dos sambistas. A homenagem ao samba foi lembrada no tema do bloco: Samba, a força de um canto. Puxando o bloco no trio, estiveram os músicos convidados: Xande de Pilares, do grupo Revelação; Délcio Luiz e Mosquito; além dos baianos Juliana Ribeiro e Grupo Bambeia.

Enquanto uma quituteira era homenageada em cima do trio, outra curtia na avenida. Jussara Conceição disse que faz questão de vir nas quintas-feiras de carnaval, todos os anos, para dançar o ritmo centenário, preferido dela.

“Venho todo ano com minhas amigas, e hoje é só samba. Amo e vou sambar até amanhecer, enquanto tiver samba aqui, estou colada. O trio sem cordas é ótimo, porque sem poder pagar pelo bloco, a gente curte de graça”, comemora a cozinheira.

No intervalo entre um trio e outro grupos menores de blocos desfilavam pelo Campo Grande, tocando marchinhas de carnaval. Enquanto isso, alguns foliões lembraram que o carnaval de Salvador, no ano passado, já mencionava os 100 anos do samba, tradicionalmente homenageado na capital baiana, na quinta-feira de carnaval.

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