Polícia

Delegado diz que criança estuprada e morta pelo padrasto teve hemorragia interna

Jamal Youssef informou que a morte da menina foi causada pela extrema violência.

23/02/2017 às 12h53, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

O delegado de Polícia Civil Jamal Youssef, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse em entrevista ao Acorda Cidade que a polícia formalizou o flagrante de violência sexual da menina de 3 anos, que foi espancada, estuprada e morta pelo padrasto, Erivan Oliveira Ferreira, 20 anos, por volta das 17h de quarta-feira (22), no bairro Calçada, em Salvador.

De acordo com ele, depois do fato ocorrido, a polícia estava mobilizada para capturar o acusado e após uma denúncia feita pela irmã do acusado ao Centro Integrado de Comunicação (Cicom), ele foi preso ainda na noite de ontem (22) em Feira de Santana. Segundo a polícia, Erivan havia fugido com a companheira, Lindiana de Jesus Mendonça, 19 anos, mãe da vítima, e estava escondido na comunidade Chico Maia, no bairro Mangabeira.

O acusado e a mãe da criança foram apresentados no Complexo de Delegacias de Feira de Santana, no bairro Sobradinho, à 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (1ª Coorpin), onde foi formalizado o flagrante de violência sexual e a morte da criança. Ele será transferido para Salvador, onde será apresentado na audiência de custódia, e segundo o delegado, quando provavelmente o juiz fará o pedido de prisão preventiva.

O crime

Jamal Youssef informou que a morte da menina foi causada pela extrema violência e que a mesma teve hemorragia interna. A polícia aguarda os laudos periciais e vai analisar se Erivan ao praticar o crime estava sob o efeito de substâncias entorpecentes.

“Ao fazer a análise do local do crime, a polícia percebeu que havia sinais característicos de violência sexual e agressões físicas. A partir daí, ele fugiu e argumenta que pegou sua companheira, sob forte ameaça, conduzindo-a para Feira de Santana, o que nós ainda estamos investigando. Se realmente houve a participação direta dela na ação. O que causou a morte da criança foi a violência praticada pelo autor do crime e agora vamos analisar também a versão dele. Mas, o que nós sabemos é o seguinte: ele praticou o crime e teve a vontade de fazer o ato, portanto, vai responder por isso perante a justiça criminal", enfatizou Jamal.

O delegado revelou também que há indícios de que Erivan era agressivo com a companheira e que, em outras ocasiões, sob o efeito de substâncias entorpecentes teria agredido a criança e ela. 

 Delegado Jamal Youssef (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)

Durante entrevista, o delegado salientou sobre a integração das polícias na prisão do acusado. “A Polícia Civil e Militar trabalham como uma polícia única. Trata-se de um crime hediondo que causa um arrepio a toda a sociedade e motivo pelo qual a gente sempre busca ser rígido na investigação e na prisão desses elementos”, concluiu o delegado.

Erivan Oliveira Ferreira, acusado de praticar o crime, disse que não estuprou a menina e que a espancou porque estava com raiva e ela não parava de chorar. 

“Foi na hora da raiva. Minha mulher tinha saído e ela ficou chorando. Não matei não, só fiz bater nela e depois soube que ela tinha morrido. Fugi para a casa da minha mãe porque eu estava com medo. Sei que ela era um anjo, gostava dela, mas foi na hora da raiva. Espanquei com a mão”, contou Erivan informando que convive com a mãe da criança há cerca de um ano.

Com informações dos repórteres Aldo Matos e Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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