Comportamento

Mulheres trocam vivências e se reúnem pela solidariedade, arte e cultura e empoderamento feminino

Dentre as diversas iniciativas de fortalecimento do empoderamento feminino, há também os grupos das redes sociais que aglutinam mulheres e que elas de forma solidária oferecem serviços e iniciativas e também aceitam receber em troca outras ações.

10/02/2017 às 16h15, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Mulheres unidas pela arte, música, poesia, cultura e principalmente pela solidariedade, diálogo e a troca de experiências. Essa é a proposta da 2ª Emporderarte (feira que reúne mulheres e tem como o mote o empoderamento feminino) que será realizada no próximo sábado (11), no espaço do Mandala Bar em Feira de Santana.

Foto: Divulgação

Uma iniciativa do Coletivo de Empoderamento de Mulheres, a feira inicia a partir das 9h e segue durante todo o dia com uma programação que envolve recital de poesia, fotografia, apresentação musical, oficina de stencil, rodas de conversas, além de comercalização de artesanato e produtos fabricados por mulheres.

Foto: Ana Reis

A fotógrafa Ana Reis é uma das integrantes do Coletivo de Empoderamento de Mulheres e segundo ela, o coletivo é um espaço de estímulo e troca de saberes entre mulheres. É uma iniciativa que reconhece e valoriza o trabalho artesanal artístico e outras formas de empreendedorismo de mulheres. Para ela, é essa dinâmica que permite o empoderamento financeiro das mulheres, este que é um fator que também contribui para superação de outras barreiras.

“A partir dessas reflexões e experiências criamos a Feira Feminista Empoderarte. É um espaço autoorganizado, ou seja, todo organizado por mulheres e que as produtoras e artistas podem expor e comercializar os seus trabalhos”, afirmou.

Milena Lopes é uma das expositoras da 2ª EmpoderArte e também é uma mulher empreendedora criativa que gerencia uma loja colaborativa de mulheres. Para ela, tanto a feira como a loja, são espaços que fortalecem o empreendedorismo feminino e criam alternativas sustentáveis de comércio justo e economia solidária. Ela explicou que a ideia é oferecer espaços de venda que sejam acessíveis às empreendedoras em relação aos custos de manter os empreendimentos e também oferecer produtos de qualidade com preços justos aos clientes.

Foto: Acervo Pessoal

“Senti uma necessidade de ter um espaço aqui em Feira de Santana, conversei com colegas que tinham dificuldades para divulgação de venda do trabalho e pensamos na ideia da loja colaborativa. As expositoras deixam o produto na loja, escolhem o tipo de expositor e pagam uma taxa mensal para custear as despesas da loja. É uma coisa de parceria, desde a divulgação até a venda. É uma oportunidade de empreendedorismo, uma demanda feminina. Para mulheres e mães que saíram do mercado de trabalho e têm uma rotina com filhos que não se adequa a determinados horários, pensam em trabalhar e estão em busca de horários mais alternativos e formas que possam se dedicar mais aos filhos e a outros interesses”, revelou.

A loja colaborativa que Milena traballha agrega moda, gastronomia, artesanato, decoração, arte e cultura.

Eu aceito, eu ofereço

Dentre as diversas iniciativas de fortalecimento do empoderamento feminino, há também os grupos das redes sociais que aglutinam mulheres e que elas de forma solidária oferecem serviços e iniciativas e também aceitam receber em troca outras ações. Em Feira de Santana, há o grupo no Facebook “Eu aceito, eu ofereço”, no qual mulheres dos mais diversos perfils, compartilham ideias, sonhos, experiências de vida e interesses.

No gupo há desde aconselhamento e suporte jurídico, ou pedagógico sobre educação e criação de filhos, como também trocas de objetos e campanhas de colaboração para alguma mulher que manifeste necessidade  em algum aspecto ou situação.

Para a publicitária e professora de dança, Mariana Braga as iniciativas de fortalecimento do empoderamento feminino são uma consequência natural dessa época atual. Ela observa que estão surgindo cada vez mais movimentos diferenciados de mulheres.

Foto: Acervo Pessoal

“As mulheres estão voltando a entender que tem que se unir, se ajudar, se apoiar mutuamente. Não viver só na competição e nas inimizades desregradas que o patriarcado criou. Estão ficando cada vez mais fortes, se redescobrindo, querendo aprender sobre seus ciclos internos”, disse.

Ela ressalta ainda que ser mulher é algo que não é ensinado por nenhum homem, nem pelo patriarcado.
“Todos esses movimentos surgem a partir dessa busca, dessa reconexão com seu sagrado feminino interior”, concluiu.

Programação da Empoderarte:
 

Foto: Divulgação

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