Saúde

Médico fala sobre importância da cicatrização de feridas para evitar problemas crônicos

O cirurgião informa que as feridas são decorrentes de inúmeras causas, as mais comuns são as de origem vascular, como as úlceras arteriais e as varicosas, dentre outras.

08/12/2016 às 15h22, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

A cicatrização de feridas é algo que muitas vezes não é levado a sério por boa parte da população, o que pode levar a problemas crônicos e várias complicações como amputações de membros do corpo e internamentos do paciente. Dados do INSS de 2015 revelam que cerca de 350 mil pessoas na Bahia sofrem com feridas crônicas, que são aquelas que não cicatrizam no tempo previsto, e essa, segundo a pesquisa, é a décima quarta causa de afastamentos do ambiente de trabalho.

De acordo com o cirurgião geral Daniel Freitas, da Clínica Cicatrize, em Feira de Santana, a abordagem ao tratamento de feridas deve ser feita de forma multidisciplinar, levando em conta os diversos aspectos que podem estar gerando e mantendo o problema nos pacientes acometidos por elas. “O problema muitas vezes não é tão valorizado e atinge um grande número de pessoas. Isso tem um impacto socioeconômico”, afirmou o médico.

O cirurgião informa que as feridas são decorrentes de inúmeras causas, as mais comuns são as de origem vascular, como as úlceras arteriais e as varicosas, dentre outras.

“A varize é um sinal de insuficiência venosa, que com o tempo pode ocasionar uma ferida. Outra causa comum são os pacientes com diabetes, que têm tendência de aumento do açúcar sanguíneo, o qual interfere nas etapas da cicatrização e na sensibilidade do paciente. Temos também queimaduras, as feridas cirúrgicas, onde pode haver alguma infecção local, e as úlceras por pressão, que acometem pacientes acamados, geralmente idosos”, elencou Daniel Freitas.

A enfermeira Geiza Fioravante, que atua na mesma clínica, salienta que o paciente portador de lesão precisa de um tratamento completo. “Não se pode olhar para a ferida com a expectativa de fechar somente a lesão. É preciso abordar com a nutricionista para verificar a alimentação do paciente, para se conseguir um bom resultado. É preciso curativos adequados para cada momento da lesão, a exemplo de uma lesão aguda que requer um tipo de cobertura. Já se a ferida está em outro momento, ressacada, recebe outra cobertura”.
De acordo com a profissional, muitas feridas demoram a cicatrizar por conta também da questão psicológica do paciente, que impede a evolução do tratamento. Outro ponto destacado por ela é o avanço das técnicas utilizadas.

“Hoje a gente tem uma grande diversidade no tratamento de feridas. Na clínica temos muitas fibras que auxiliam bastante com relação ao tempo da evolução do tratamento da ferida, como fibras de colágeno, alginatos, que auxiliam na cicatrização. Temos também aparelhos de laser que aceleram o processo, aparelhos de ultrassons com feixos de luz e pulsação, tratamentos de pressão negativa para lesões com muita secreção, e hoje há aparelhos que conseguem drenar. Além de terapias compressivas multicromadas para úlceras venosas, entre outros”, explica a enfermeira.

A clínica Cicatrize fica localizada na Avenida Maria Quitéria, nº 1935, ao lado da Farmácia Brito. O telefone para contato é o 75. 3025-0765.

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