Contra PEC 241

Professores da Uefs aprovam paralisações para esta semana e greve geral em novembro

Nesta segunda-feira (24), os estudantes da Uefs realizam manifestação contra a aprovação da PEC 241, o 'Ocupa Uefs'.

24/10/2016 às 07h40, Por Andrea Trindade

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Acorda Cidade

A assembleia dos professores da Universidade Estadual da Uefs (Uefs), realizada na última quinta-feira (20), aprovou a suspensão das atividades acadêmicas com ato público nesta terça (25) e quarta-feira (26), além de uma panfletagem no pórtico da universidade, sem a interrupção dos trabalhos, hoje (24), a partir das 7h. Os estudantes também realizam ato nesta manhã em frente a universidade. 

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

O objetivo, segundo a Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), é fortalecer as mobilizações realizadas em todo o país contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016, que deve ser votada na Câmara dos Deputados nesta data. Também foi aprovada a deflagração da greve geral com paralisações em 11 e 25 de novembro.

Também nesta segunda-feira (24), os estudantes da Uefs  realizam manifestação contra a aprovação da PEC 241. Chamada de “Ocupa Uefs”, a ação está marcada para as 16h no jardim da reitoria, no campus da universidade.

“O protesto da próxima terça (25) endossa o Dia Nacional de Luta dos Servidores Públicos, convocado pelas centrais sindicais e pelo Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) para barrar ataques do governo Michel Temer ao setor público e aos direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores”, declarou a Adufs.

A Associação dos Professores da Uefs, endossando a proposta construída com um conjunto de entidades sindicais e movimentos sociais de Feira de Santana, integrará a manifestação marcada para ocorrer às 11h, em frente ao Núcleo Regional de Educação (antiga Direc).

Em todo o país, trabalhadores e estudantes irão às ruas com o objetivo de lutar contra a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista; a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241; o Projeto de Lei 257/2016; os projetos relacionados ao Movimento Escola sem Partido; a terceirização e a reforma do Ensino Médio.

Dia 26 de outubro

Na quarta-feira (26), Dia de Luta em Defesa das Universidades Estaduais da Bahia e dos Direitos Trabalhistas, professores, alunos e técnico-administrativos das quatro instituições farão um ato público na Secretaria da Educação (SEC) e na Assembleia Legislativa (AL-BA).

As categorias reivindicarão a reunião solicitada ao secretário da Educação, Walter Pinheiro, em documento protocolado no dia 17 deste mês, para a discussão da pauta. Além disso, uma comissão irá aos gabinetes dos deputados cobrar o compromisso com a defesa da ampliação de recursos financeiros para as universidades estaduais.

“Na manifestação, ainda será denunciada a intensificação da precarização das relações de trabalho e das condições de estudo nas instituições. As mobilizações do mês de outubro fazem parte das atividades preparatórias para a deflagração da greve geral”, informou a Adufs.

Greve geral

A greve geral está sendo construída coletivamente através de amplo debate em todo o Brasil. A diretoria da Adufs avalia que a deflagração do movimento em várias categorias do serviço público e privado, nos dias 11 e 25 de novembro, é uma demonstração da insatisfação com os ataques.

Manifestações e ocupações acontecem em todo país

As ações dos estudantes contra a PEC 241 se multiplicam por todo o Brasil. Segundo a União Nacional dos Estudantes, já são mais de 1000 escolas, 80 Institutos Federais e 70 universidades ocupadas. Na Bahia, Uesb, Uneb e UFRB são algumas das instituições ocupadas pelos jovens.

Protesto de estudantes da Uefs e professores contra a PEC 241 (Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade)

Em relação à mobilização das quatro universidades estaduais (Uesb, Uesc, Uefs e Uneb), nestas terça (25) e quarta-feira (26), a Secretaria da Educação do Estado esclarece que O movimento por "O Dia Nacional de Luta dos Servidores Públicos contra a PEC 241/16” é nacional e desencadeado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), em conjunto com diversas entidades e centrais sindicais. A Secretaria informa ainda que respeita o direito de organização e de manifestação dos trabalhadores da educação.

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