Bahia

Estado fará georreferenciamento via satélite de áreas tombadas

A Bahia detém três áreas urbanas de importância histórica protegidas, 175 imóveis tombados e bens imateriais registrados via Ipac.

15/08/2016 às 15h01, Por Kaio Vinícius

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Setecentos e cinquenta imóveis, monumentos históricos e áreas tombadas no estado da Bahia serão monitorados e geridos por georreferenciamento, por meio da leitura de satélite. A iniciativa é realizada em parceria entre as secretarias estaduais de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e de Cultura (Secult), por meio dos seus órgãos vinculados, respectivamente, a Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder) e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac).

“A ação é inédita na área do patrimônio cultural da Bahia e traz gestão contemporânea com base em tecnologia de ponta sem precedentes para os bens edificados e as áreas oficialmente protegidas nos centros urbanos baianos”, afirma o diretor-geral do Ipac, João Carlos de Oliveira. O trabalho será feito com mapas, dados e imagens de satélite do Sistema de Informações Geográficas Urbanas (Informs) da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), que serão cruzados com levantamentos de campo, cadastros e inventários de patrimônios culturais da Bahia de posse do Ipac, entre outras informações.

“O imóvel, o monumento ou a área urbana georreferenciada terá leitura de alta tecnologia, com referência, localização, situação, enquadramento, descrição, características, limites e confrontações, dando um perfil de alta precisão sobre a edificação e todo o seu entorno”, explica João Carlos.

A Bahia detém três áreas urbanas de importância histórica protegidas, 175 imóveis tombados e bens imateriais registrados via Ipac. No âmbito federal, são 15 áreas urbanas e 190 bens culturais protegidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ministério da Cultura (MinC). Além disso, o Ipac administra 350 unidades imobiliárias no estado.

Gestão e aplicativos

A possibilidade do georreferenciamento para os patrimônios culturais multiplica a qualidade e a eficiência da gestão, otimiza resultados e acelera a tomada de decisões. “Essa leitura tecnológica oferece retrato de alta definição da realidade de cada imóvel, do seu entorno e todos os dados de concessionárias públicas disponíveis, relacionados ao mesmo, como água, energia, esgotamento, estrutura, prospecção de solo, arqueologia e todas as informações complementares que possa se agregar”, João Carlos.

O georreferenciamento elimina falhas de levantamentos antigos, revelando a localização geográfica exata dos imóveis, monumentos e áreas urbanas, transportando coordenadas GPS (Global Positioning System, Sistema de Posicionamento Global), cruzando-as com dados públicos, como do IBGE, entre outros, e até privados. Isso se dá via softwares específicos. A ideia do Ipac é criar ainda aplicativos onde esses imóveis, monumentos e áreas urbanas possam ser consultados até via celular, tablets e outros aparelhos.

O diretor de Projetos e Obras do Ipac, Felipe Musse, destaca a integração de tudo em uma única base de dados virtuais. “Poderemos identificar a real situação dos imóveis e seu concessionário, detectando inadimplências e irregularidades. Já nos bens tombados detectaremos transformações urbanas, normatizaremos intervenções e autuaremos irregularidades”, finaliza. Mais informações estão disponíveis no site do Ipac.

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