'Mar de Lama'
Moradores reclamam da situação de ruas do bairro Rocinha
De acordo com eles, o problema é antigo ocasionado por um esgoto a céu aberto e a situação piora quando chove. As ruas ficam ilhadas, a água invade as casas e fica impossível transitar no local.
26/07/2016 às 14h49, Por Rachel Pinto
Rachel Pinto
Os moradores das ruas Miracatu, Senegal e Noruega na localidade Rocinha, no bairro Ponto Central, em Feira de Santana estão indignados com a lama e a proliferação de insetos no local.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
De acordo com eles, o problema é antigo ocasionado por um esgoto a céu aberto e a situação piora quando chove. As ruas ficam ilhadas, a água invade as casas e fica impossível transitar no local.
José Reis, morador da Rua Senegal há mais de 40 anos contou que a água proveniente dos esgotos vem das casas. Para ele, seria necessário a implantação de um sistema de drenagem completo que pudesse suprir toda a necessidade do bairro.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Aqui a rua fica ilhada. A Conder disse que ia fazer e ainda não fez. Era para fazer um esgoto para tudo. Para as ruas ficarem limpas sem lama se sem molhação”, afirmou.
O morador Carlos Alberto da Silva disse que as ruas estão uma verdadeira 'bagaceira' e todos estão sofrendo, principalmente com os ratos e muriçocas que aparecem constantemente no local.
“É uma vergonha. Eu não sei o que vamos fazer. Está uma 'bagaceira', um sofrimento. Quando chove a água invade todas as residências”, destacou.
Explicação da prefeitura
O secretário de desenvolvimento urbano José Pinheiro esclareceu sobre o alagamento das ruas Miracatu, Senegal e Noruega na Rocinha, em Feira de Santana. Segundo os moradores, as ruas estão intransitáveis e completamente alagadas. José Pinheiro informou que o alagamento acontece em virtude da rede de saneamento e esgoto que ainda não foi concluída. A obra será entregue junto com a obra da Lagoa Grande e é um trabalho que exige muita cautela, principalmente porque é um área muito úmida e isso também contribui para dificultar o serviço.
“O que tem que ser feito agora nesse momento é resolver a parte de esgotamento sanitário. A área é úmida e não tem estabilidade. É um trabalho que tem que ser feito com muita cautela e critério para poder resolver a situação. A obra da lagoa quando estiver concluída vai beneficiar essas áreas. Se tivesse esgotamento sanitário no início o problema seria menor porque todo mundo já estaria com seus esgotos sanitários funcionando. A rede não foi entregue ainda”, finalizou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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