Câmara dos Deputados

'Se Cunha voltar, a Câmara desaba', afirma Araújo

De acordo com o Araújo, as mudanças que ocorrem na composição do Conselho de Ética provam que Cunha permanece interferindo na Casa.

27/05/2016 às 14h59, Por Brenda Filho

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Presidente do Conselho de Ética da Câmara, o deputado federal baiano José Carlos Araújo (PR) disse que o deputado Eduardo Cunha (PMDB) continua “manobrando fortemente” na Casa, apesar de estar afastado da presidência por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o Araújo, as mudanças que ocorrem na composição do Conselho de Ética provam que Cunha permanece interferindo na Casa. Segundo ele, o peemedebista tem substituído deputados titulares do colegiado por outros efetivos em vez dos suplentes.Conforme destacou o deputado baiano, esses novos titulares têm sido indicados pelos líderes, por determinação da Mesa Diretora da Câmara. “Ou seja, Maranhão [presidente interino da Casa] continua a ser manipulado pelo Eduardo Cunha”, frisou, salientando que o peemedebista também tem dado as cartas no governo do presidente interino Michel Temer (PMDB).Na semana passada, dois parlamentares baianos, aliados de Cunha, deixaram o Conselho de Ética: Cacá Leão (PP) e Erivelton Santana (PEN). Ainda na entrevista, José Carlos Araújo disse que a expectativa é de que o parecer final do processo contra Cunha seja entregue pelo deputado Marco Rogério (DEM-RO) na próxima terça-feira (31). Segundo ele, a leitura deve ocorrer no dia 7 de outubro e a votação no dia 14.O deputado lembrou que cabe recurso da decisão do Conselho de Ética para a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara. “A CCJ deve ser célere, porque a imprensa vai cobrar. Depois disso, a votação vai para o plenário”, ressaltou.No entendimento de Araújo, o peemedebista não tem mais condições de presidir a Câmara. “Ninguém aposta no retorno de Eduardo Cunha, o Brasil não pode apostar. Se Cunha voltar, a Câmara desaba”, pontuou.Cunha é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras ao negar que tivesse contas no exterior. O relator tende a incluir a informação de que as contas encontradas na Suíça – que o deputado afirma se tratar de trusts – eram abastecidas com dinheiro recebido supostamente de vantagem indevida, o que poderia aumentar as chances de aprovação do pedido de cassação de mandato.Testemunhas investigadas na Operação Lava Jato afirmam que entregaram dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras a Cunha. As informações são da Tribuna da Bahia. 

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